A marca Tilibra, de material escolar e de papelaria, anunciou em suas redes sociais o lançamento de um caderno exibindo na capa a foto icônica do surfista brasileiro Gabriel Medina fazendo o gesto de “1” em que parece flutar após sair de uma onda durante a competição de surf nos jogos olímpicos de Paris.

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“Foi aqui que pediram o caderno Tilibra do @gabrielmedina?! Então já podem comemorar, porque é real!”, diz a publicação.

Segundo a Tilibra, o caderno foi criado em resposta ao viral das redes sociais, e promete ser um item de desejo entre estudantes e fãs do surfe. O produto por enquanto está disponível para compra por estabelecimentos durante a 36ª edição da Escolar Office Brasil, que ocorre de 4 a 7 de agosto no Expo Center Norte, em São Paulo.

A empresa não informou quando o produto estará disponível para venda no mercado nem o valor sugerido.

A imagem foi utilizada por dezenas de publicações ao redor do mundo e compartilhada ou curtida milhões de vezes nas redes sociais.

“Esta pode ser a melhor foto de esportes de todos os tempos”, afirmou o grupo de comunicação australiano News.com.au em sua página do Facebook.

A revista TIME descreveu a fotografia como o “a imagem definitiva do triunfo dos Jogos Olímpicos de 2024”.

Medina postou a imagem em sua conta do Instagram, o que rapidamente rendeu mais milhões de curtidas.

Murais

A Corona Cero, cervejaria oficial da Olimpíada de Paris em 2024, transformou em painéis a foto histórica de Gabriel Medida. Os murais estão em exibição em dois endereços da cidade do Rio de Janeiro: na Av. Visconde de Albuquerque, no Leblon; e outro na Av. do Pepê, na Barra da Tijuca.

Medalha

Nesta segunda-feira, 5, Gabriel Medina disputou a semifinal contra o australiano Jack Robinson, mas acabou sendo derrotado. Com isso, Medina deu adeus ao sonho do título olímpico, mas segue na disputa por medalhas, que seria a primeira do brasileiro em Olimpíadas.

O mar não favoreceu o brasileiro. Logo no início da disputa, ambos os surfistas conseguiram notas médias. Mas, o australiano conseguiu, na sequência, mais uma boa onda. Depois, as ondas pararam de vir e Medina esperou mais de 15 minutos por uma que pudesse dar a vitória para o brasileiro, mas ela não veio. Com isso, Medina terminou a prova com apenas uma nota.

Ainda na noite desta segunda-feira Medina volta ao mar em busca dessa medalha inédita. O brasileiro enfrentará o peruano Alonso Correa na prova decisiva valendo a medalha de bronze.

“Voando”

O fotógrafo da AFP Jerome Brouillet sabia que podia esperar algo especial quando viu o brasileiro Gabriel Medina surfar uma das maiores ondas do dia em um dos grandes pontos do esporte no mundo, na segunda-feira, 29, em Teahupo’o, Taiti, durante as oitavas de final dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

O que ele não sabia era que sua fotografia de Medina saindo de um tubo que rendeu a maior nota da história do surfe olímpico (9,90) se tornaria uma sensação mundial e, provavelmente, uma imagem definitiva do esporte e dos Jogos.

Brouillet estava em um barco no canal – uma área de águas mais profundas e calmas, de lado para as ondas, mas sem uma linha de visão clara da ação inicial. Mas era exatamente onde ele pretendia estar.

O fotógrafo estava em um lugar privilegiado esperando Medina “sair” da onda. “Todo fotógrafo espera por isso. Você sabe que Gabriel Medina, especialmente em Teahupo’o, vai sair da onda e fazer algo”, disse Brouillet.

“Você sabe que alguma coisa vai acontecer. O único momento complicado é onde ele vai sair? Porque eu não estou vendo! Às vezes ele faz um gesto acrobático e, dessa vez, ele fez isso, e então eu apertei o botão”, completou.

Brouillet registrou Medina “voando” em linha reta acima das ondas, apontando um dedo para o céu, com sua prancha apontando para o céu ao seu lado.

“Eu acho que quando ele estava no tubo, ele sabia que estava em uma das maiores ondas do dia. Ele estava pulando da água pensando ‘cara, acho que isso é um 10′”, afirmou.

O fotógrafo suspeitou que também havia registrado algo especial, mas não tinha 100% de certeza: “Quando estou fotografando em Teahupo’o, eu não fotografo em um modo de disparos tão elevado, porque no final do dia, se você apertar muito o botão, você volta com 5 mil fotos em um dia, e eu não gosto disso”. “Eu fiz quatro fotos dele fora da água e uma das quatro fotos era esta”, complementou.

*Com informações da AFP