Conflitos em praias frequentadas por pelados adeptos do naturismo atormentam a administração de Rostock, no Mar Báltico, que avalia a imposição de regras mais rígidas para garantir a paz entre banhistas.Tire a roupa ou caia fora: é mais ou menos assim que a cidade alemã de Rostock, às margens do Mar Báltico, está querendo lidar com os frequentadores de praias nudistas que insistem em andar vestidos.

Cansadas dos conflitos entre banhistas, autoridades cogitam endurecer as regras para garantir a paz nas zonas de FKK, como Warnemünde e Markgrafenheide.

FKK é a sigla para o termo Freikörperkultur (cultura do corpo livre), a versão alemã do naturismo. A prática é especialmente cultuada nas regiões da antiga Alemanha Oriental.

“A estadia em praias de FKK é reservada exclusivamente a praticantes da cultura do corpo livre. Não é permitido banhar-se ou tomar sol em trajes”, consta de texto discutido pelo Conselho de Cidadãos de Rostock nesta quarta-feira (26/02).

Atualmente, a regra é que esses espaços são apenas “reservados” para naturistas, mas não há menção explícita à nudez como critério obrigatório. Se a mudança for aprovada, ela valerá para 37 trechos de praia, somando 19 quilômetros da costa do Mar Báltico no estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental.

Fiscais reforçariam regra

Moritz Naumann, do Escritório de Turismo de Rostock e Warnemünde, explicou à agência alemã de notícias DPA que a mudança permitiria aos guardas de praia agirem em caso de conflitos, para remover frequentadores que insistem em manter suas roupas – atendendo, portanto, à demanda do Conselho de Cidadãos, que já havia pedido que as regras fossem tornadas mais claras.

A presença dos “outros” nesses ambientes teria incomodado os nudistas, que também se queixam de ter sido fotografados ou filmados por estranhos, sem consentimento.

ra/av (DPA, ots)