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No futebol, o tiro de meta é a forma de reiniciar o jogo. O início de um novo ano também pode ser visto como um recomeço. É hora de repensar projetos e investimentos. Ao elaborar suas jogadas financeiras, não deixe de pensar nas de longo prazo. O futuro, como se sabe, chega mais cedo do que se imagina, como o ano de 2010. Além dos tradicionais ativos de longo prazo, como imóveis e ações, considere também em sua carteira os fundos de previdência privada, que garantem uma renda num prazo definido, conforme a contribuição de cada um. Eles já abrigam R$ 174 bilhões e cresceram 24% em 2009, até outubro.

Uma das vantagens desses planos é o benefício fiscal. Neles, o retorno é potencializado pelo longo prazo, pois a mordida do Leão fica mais branda e só incide na hora do saque (nos fundos tradicionais, o imposto é cobrado de seis em seis meses, o que reduz o montante aplicado). “Quanto mais tempo investido, mais incentivos fiscais os fundos de previdência oferecem”, diz o superintendente do Banco Santander, Edson Franco. O investidor pode adotar a tabela regressiva, que diminui o IR ao longo dos anos. Ele cai de 35% dos ganhos até dois anos de contribuição para 10%, após 10 anos.

R$ 174 BILHÕES É O VOLUME DE RECURSOS INVESTIDOS EM PLANOS PRIVADOS DE APOSENTADORIA, APÓS CRESCIMENTO DE 24%

As opções recaem sobre dois tipos de planos, o VGBL e o PGBL. O VGBL é indicado para quem declara o Imposto de Renda no formulário simplificado ou é isento, já que os aportes não podem ser abatidos do IR. Já o PGBL é indicado para quem faz a declaração no formulário completo. Os aportes podem ser deduzidos da base de cálculo do IR até o limite de 12% da renda anual tributável.

A trajetória de queda da taxa de juros nos próximos anos é um incentivo aos planos de aposentadoria, pois tem reduzido a atratividade dos demais investimentos. Além disso, a possibilidade de aplicar até 49% do total investido em ações também chama a atenção. Na Brasilprev, do Banco do Brasil, o patrimônio dos planos Ciclo de Vida teve um crescimento de 252% entre janeiro e novembro deste ano, para R$ 1,2 bilhão. Neles, os percentuais investidos em ações decrescem com o tempo. “A bolsa ajuda muito o investidor. Já é madura, com ações de ótima qualidade e empresas de bons fundamentos”, diz o superintendente comercial da Brasilprev, Arizoly Rodrigues Pinto.

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