O ano de 2023 foi marcado por alta nas emissões da maioria dos títulos de valores mobiliários. Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ao todo foram emitidos R$ 632,7 bilhões em valores mobiliários, 10% acima dos R$ 575,3 bilhões do ano anterior. Apesar do avanço, as emissões ainda ficaram abaixo do registrado em 2021, com R$ 737 bilhões. Os produtos que se destacaram positivamente foram Fundos de Investimento Imobiliário (FII), com R$ 69,9 bilhões emitidos, mais que o dobro do captado no ano anterior, com R$ 36,5 bilhões. Os FIPs também viram as emissões avançarem de R$ 30,3 bilhões, em 2022, para R$ 92,1 bilhões no ano passado.

O retorno dos ativos no acumulado do ano traz o bitcoin disparado, com alta de 133%, em reais.
• Nos fundos de investimento
, por tipo de benchmark, destaque para os produtos que seguem o IRF-M, índice da Anbima que mede o desempenho de títulos públicos prefixados de curto prazo, com 16,5% de retorno.
Fundos cujo referencial foi o IMA-B, de títulos públicos indexados à inflação, renderam, na média, 16%.
Outro indicador de mercado que foi muito bem em 2023 foi o IFIX, de fundos imobiliários, com 15,5%.
Dólar e ouro ficaram negativos no ano em 7,2% e 6%, respectivamente.

Na ponta contrária, o mercado de ações, sem IPO há dois anos, viu os valores emitidos recuarem de R$ 57,4 bilhões para R$ 31,7 bilhões. Completam o trio de ativos com recuo nas emissões primárias as debêntures, com R$ 269 bilhões no ano passado, discreto recuo de 9,5% na comparação anual, a R$ 244 bilhões, e as notas promissórias, com R$ 16 bilhões emitidos, três vezes menos do que no ano anterior.