18/01/2022 - 11:33
Por Kirsty Needham e Praveen Menon
SYDNEY/WELLINGTON (Reuters) – Todas as residências de uma das ilhas menores de Tonga foram destruídas na gigantesca erupção vulcânica seguida de um tsunami, com três mortes confirmadas até agora, informou o governo nesta terça-feira em sua primeira atualização desde o acontecimento.
Com as linhas de comunicação severamente prejudicadas pelo rompimento de um cabo submarino, as informações sobre a extensão da devastação após a erupção de sábado, que causou ondas de até 15 metros de altura, vieram até agora principalmente de aeronaves de reconhecimento.
Mas o gabinete do primeiro-ministro Siaosi Sovaleni disse em comunicado que todas as casas na ilha de Mango, onde vivem cerca de 50 pessoas, foram destruídas, apenas duas casas permaneceram em Fonoifua e a ilha de Namuka sofreu grandes danos.
As ilhas menores exteriores do arquipélago de Tonga sofreram prejuízos extensos após uma gigantesca erupção vulcânica seguida de um tsunami, com a destruição inteira de uma vila e muitas construções desaparecidas, afirmou um diplomata do país na terça-feira.
Fotos tiradas pela Força de Defesa da Nova Zelândia (NZDF) mostraram cenas “alarmantes” de uma vila destruída em Mango Island e de construções desaparecidas na ilha próxima de Atata, afirmou mais cedo o vice-diretor da missão diplomática de Tonga na Austrália, Curtis Tu’ihalangingie.
“As pessoas entram em pânico, correm e ficam feridas. Possivelmente haverá mais mortes e nós apenas rezamos para que não seja o caso”, disse Tu’ihalangingie à Reuters.
O gabinete de Sovaleni disse que as vítimas são uma mulher de 65 anos na ilha de Mango, um homem de 49 anos na ilha de Nomuka, e um cidadão britânico cuja morte foi confirmada na segunda-feira. Também há registros de vários feridos.
As Nações Unidas disseram na segunda-feira que foi detectado um sinal de socorro das ilhas remotas de Ha’apai, onde Mango está localizada.
Tonga deve emitir pedidos formais de ajuda em breve, mas enquanto isso não ocorre a Nova Zelândia afirmou que dois navios, o HMNZS Wellington e o HMNZS Aotearoa, haviam saído do país com suprimentos de água, equipes de resgate e um helicóptero.
(Reportagem de Jane Wardell, Praveen Menon e Kirsty Needham)
((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447759))
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