O tomate foi o alimento com a maior alta de preço em março, ficou 22,55% mais caro em relação a fevereiro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados nesta sexta-feira, 11, pelo IBGE.

+IPCA de março é o mais alto para o mês desde 2023, mostra IBGE

O IPCA de março registrou alta de 0,56% no mês, uma desaceleração de 0,75 ponto percentual em relação ao registrado no mês anterior, quando a alta foi de 1,31%. No ano, o IPCA acumula alta de 2,04%.

O grupo Alimentação e bebidas respondeu por 45% do índice do mês. As principais altas foram no tomate (22,55%), café moído (8,14%) e ovo de galinha (13,13%), que juntos responderam por ¼ da inflação de março. O café moído já acumula alta de 77,78% nos últimos 12 meses.

“Para o tomate, com o calor dos meses de verão, houve uma aceleração na maturação, levando a antecipação da colheita em algumas praças. Sem essas áreas de colheita em março, houve uma redução na oferta, trazendo pressão de alta sobre os preços. Para os ovos, houve aumento por conta do custo do milho, base da ração das aves, além de estarmos no período de quaresma, com maior demanda por essa proteína”, explica Fernando Gonçalves, gerente da pesquisa.

Já a alta de 77,78% do café moído foi “impulsionada pelo aumento do preço no mercado internacional dada a redução de oferta do grão em escala mundial, com a quebra de safra no Vietnã devido a adversidades climáticas, as quais também prejudicaram a produção interna”, destaca Gonçalves.

Por outro lado, houve queda nos preços do óleo de soja, de 1,99%, do arroz, de 1,81%, e das carnes, com queda de 1,60% (mas acumula alta de 20% no ano). No grupo Alimentação fora de casa a alta foi de 0,77%, puxada pelos itens refeições (+0,86%) e cafezinho (+3,48%).

Alimentos que mais encareceram:

Alimentos que registraram queda nos preços em março:

Dentre os não alimentícios, o destaque vai para a alta de 6,91% nas passagens aéreas. Também foram registrados preços mais elevados sobre o etanol, óleo diesel e a gasolina, conforme os dados do IBGE.

O grupo de Despesas pessoais foi o que teve a segunda maior variação em março (0,70%), segundo o IBGE, puxado sobre tudo por cinema, teatro e concertos (7,76%).

Maiores altas entre não alimentícios