24/11/2010 - 5:07
O diretor de Normas do Banco Central, Alexandre Tombini, indicado pela presidente eleita Dilma Rousseff para presidir a instituição no próximo governo, disse que recebeu garantias da nova presidente de que o BC continuará tendo autonomia operacional para agir em defesa da meta de inflação.
> Saiba quem é Alexande Tombini, o novo presidente do Banco Central
?Tive longas e boas conversas com a presidente eleita Dilma Rousseff neste processo de escolha. E ela me disse que nesse regime não há meia autonomia. É autonomia operacional total e ela espera nada menos do que isso?, afirmou Tombini na entrevista coletiva de apresentação dos três primeiros membros do novo governo, anunciados oficialmente nesta quarta-feira, em Brasília.
Foi anunciada ainda a permanência do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que prometeu cortar gastos de custeio para equilibrar as contas públicas e permitir a redução dos juros. ?2011 será o ano da consolidação fiscal com contenção de despesas de custeio?, afirmou o ministro.
Ele disse que esse aperto fiscal poderá ser ameaçados por projetos em tramitação no Congresso ou em demanda sindical, como a PEC, que reajusta os salários dos policiais, o aumento dos funcionários do Judiciário, o aumento das aposentadorias além do previsto no Orçamento e do salário mínimo acima dos R$ 540 propostos pelo governo, além de novos aumentos do funcionalismo. ?É preciso um esforço comum para consolidação dos gastos?, afirmou Mantega.
O terceiro nome anunciado nesta quarta-feira foi da atual coordenadora do PAC na Casa Civil, Miriam Belchior, para o Ministério do Planejamento, que terá perfil mais executivo e passa a gerir as obras do PAC.