31/10/2025 - 12:16
O número de desempregados no Brasil renovou o piso da série histórica iniciada em 2012, descendo a 6,045 milhões de pessoas no trimestre terminado em setembro. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ao mesmo tempo, a população ocupada registrou o maior contingente já registrado, com 102,433 milhões de trabalhadores.
+ Taxa de desemprego fica em 5,6% em setembro e segue em mínima recorde
O número de desempregados caiu 3,3% (ou menos 209 mil pessoas) na comparação com o trimestre anterior e 11,8% (menos 809 mil pessoas) em um ano.
No início do terceiro mandato do presidente Lula, o total de brasileiros desempregados somava 9,2 milhões. O maior número da série histórica foi registrado no primeiro trimestre de 2021, quando o contingente chegou a quase 15 milhões. Veja gráfico abaixo:

Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, “o nível da ocupação em patamares elevados nos últimos meses, indica a sustentabilidade da retração do desemprego ao longo de 2025”.
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% no trimestre encerrado em setembro. Esta taxa repetiu o patamar do trimestre terminado em agosto, mantendo-se assim no menor resultado em toda a série histórica da Pnad Contínua.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho foi de 13,9%, a mais baixa da série iniciada em 2012. A população subutilizada ficou somou 15,804 milhões de pessoas, a menor desde o trimestre terminado em dezembro de 2014.
O contingente de subocupados por insuficiência de horas foi de 4,535 milhões, o mais baixo desde o trimestre até abril de 2016.
Quem o IBGE considera desempregado?
Pela metodologia do IBGE, são classificadas como desocupadas as pessoas sem trabalho (que geram rendimentos para o domicílio) e que tomaram alguma providência efetiva para conseguir uma ocupação nos últimos 30 dias, e que estavam disponíveis para trabalhar na sema de referência da pesquisa.
Também são classificadas como desocupadas as pessoas que não procuraram trabalho no mesmo período porque já haviam acertado algum início de ocupação em futuro próximo (máximo de 3 meses após o último dia da semana de referência).
Massa de rendimento bate novo recorde
A massa de rendimento médio real bateu novo recorde, chegando a R$ 354,6 bilhões com estabilidade no trimestre e alta de 5,5% (mais R$ 18,5 bilhões) no ano.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores também foi recorde, ficando estatisticamente estável no trimestre e crescendo 4% no ano.
Adriana Beringuy observa que “mesmo em estabilidade no trimestre atual, a massa de rendimento registra valor recorde devido a ganhos de rendimento real e expansão do contingente de trabalhadores alcançados no primeiro semestre de 2025”.
Com informações da Agência Estado
