As refeições vêm deixando de ser prioridade entre os brasileiros que comem fora de casa – e, claro, pode-se depreender que isso se dá principalmente por quem está em horário de trabalho. Por conta da crise econômica e da inflação dos preços, os salgadinhos de pacote e os salgados prontos, a exemplo de coxinhas e esfihas, passaram a ser mais consumidos. As refeições completas caíram de 7% para 4%; já os os salgados passaram de 11% da preferência em 2019 para 15% em 2022. 

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De acordo com dados da Kantar consultoria, as classes D e E são as principais responsáveis pelo aumento do consumo de snacks, seja para matar a fome ou devido aos gastos com as refeições, que aumentaram 35,7% no último ano para esse grupo.

“De forma geral, a crise está afetando mais o consumidor humilde. Prova disso é que vemos um movimento das pessoas começarem a buscar uma alimentação um pouco mais barata, deixando de gastar fora de casa e optando pelas marmitas e lancheiras”, revela Hudson Romano, gerente sênior de consumo fora do lar da Kantar.

O preparo alternativo, inclusive, é mais buscado pelo público entre 35 e 44 anos de idade (6,8%), com preferência para as carnes de aves, os iogurtes e os lanches prontos são os alimentos favoritos.

É válido destacar também que os snacks vêm crescendo, especialmente, como opção para café da manhã e lanche da tarde – entre 2019 e 2022, 89% do aumento de consumo de salgados ocorreu nestas ocasiões. Enquanto isso, houve uma retração de 61% no mesmo período para refeições no almoço.