As equipes de emergência conseguiram resgatar 108 pessoas presas nos escombros e continuavam os trabalhos de busca nesta quinta-feira, após o desabamento na quarta-feira de uma fábrica em Lahore, leste do Paquistão, que deixou 19 mortos.

“Alguns” sobreviventes ainda estariam presos na pilha de escombros da fábrica, segundo o diretor dos serviços administrativos da cidade, Mohamad Usman, que, no entanto, não divulgou um número exato.

As equipes de resgate da cidade, auxiliadas pelo exército, trabalhavam com gruas e outros equipamentos para tentar cortar o metal e retirar os escombros.

“Temo que o balanço se agrave”, disse um porta-voz dos serviços de socorro, Jam Sajjad Hussain. Por enquanto, “é difícil dar cifras precisas”, acrescentou.

A catástrofe aconteceu na quarta-feira à noite em uma unidade de fabricação de bolsas de polietileno de três andares na zona industrial de Sundar, a 45 km do centro de Lahore.

Encarregados a fábrica estimam que havia entre 150 e 200 pessoas, entre as quais muitas crianças, segundo os operários.

Segundo Mohammad Navid, um operário de 22 anos, na fábrica trabalhavam crianças de apenas 12 anos.

Uma lista fornecida por um dos três hospitais que atendem trabalhadores feridos mostra que o mais jovem deles tinha 15 anos, idade legal para trabalhar no Paquistão.

A maioria dos trabalhadores tinha entre 14 e 25 anos, disse outro operário, Mohammad Irfan, de 18 anos.

A tragédia aconteceu poucos dias depois de um forte terremoto na região, que deixou quase 390 mortos no Paquistão e Afeganistão, além de ter provocado graves danos a muito imóveis.

As autoridades locais investigam se o proprietário da fábrica continuou, como afirmaram trabalhadores, com as obras de construção do quarto andar depois do terremoto, que provocou fissuras no edifício.