Por Steve Keating e Amy Tennery

(Reuters) – O tempo que a NFL levou para adiar o jogo depois que o safety Damar Hamlin, do Buffalo Bills, sofreu uma parada cardíaca em campo na partida de futebol americano contra o Cincinnati Bengals assumiu o centro das discussões nesta terça-feira.

Durante o primeiro quarto do jogo de segunda-feira, Hamlin, de 24 anos, levantou-se depois de fazer um tackle em Tee Higgins, do Cincinnati Bengals, mas logo a seguir desmaiou.

+Jogador do Buffalo Bills em “estado crítico” após sofrer parada cardíaca durante jogo

Hamlin deixou o estádio de ambulância às 21h25 (horário local) e foi transportado para um hospital de Cincinnati, onde foi internado em estado grave.

O jogo foi oficialmente adiado pela NFL às 22h01, mas torcedores e ex-jogadores reagiram com raiva nas redes sociais depois que foi anunciado anteriormente que os times teriam um aquecimento de cinco minutos para se preparar para retomar o jogo.

“Por que está demorando tanto”, disse o bicampeão aposentado do Super Bowl Damien Woody no Twitter às 21h44. “Cancelem o jogo!!”

“CANCELEM O JOGO JÁ”, escreveu o ex-quarterback Robert Griffin III, cinco minutos depois.

A NFL disse que nunca houve discussão sobre a retomada do jogo e que não sabia de onde a transmissão da partida havia obtido as informações sobre o aquecimento.

“Francamente, não houve período de tempo para os jogadores se aquecerem”, disse o vice-presidente executivo de operações de futebol da NFL, Troy Vincent, a jornalistas.

“Nunca passou pela nossa cabeça falar sobre o aquecimento para retomar o jogo. Isso é ridículo, insensível e não é um lugar em que deveríamos estar.”

A ESPN, que transmitiu o jogo, disse que houve “comunicação constante” entre a ESPN, a liga e os árbitros do jogo.

“Relatamos o que nos foi dito no momento e imediatamente atualizamos os fãs quando novas informações foram obtidas”, disse a ESPN em um comunicado. “Esta foi uma circunstância sem precedentes e em rápida evolução. Durante toda a noite, nos abstivemos de especular.”

(Reportagem de Steve Keating, em Toronto, e Amy Tennery, em Nova York)

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