Com dez fábricas espalhadas pelo Brasil e exportações para 120 países, a gaúcha Tramontina está investindo em um novo segmento: o varejo. A companhia inaugurou na última quarta-feira (2) sua primeira loja no CasaShopping, localizado no Rio de Janeiro. O local recebeu investimentos de R$ 7 milhões e disponibilizará inicialmente 2,4 mil produtos dos 18 mil itens produzidos pela marca.

 

Dona de um faturamento de R$ 3 bilhões em 2012, a companhia já estudava a possibilidade de abrir uma loja há três anos. A escolha pelo Rio de Janeiro, segundo Clovis Tramontina, presidente da empresa, é o fato de a cidade receber eventos de proporção internacional como Copa do Mundo em 2014 e a Olimpíada em 2016. Segundo Tramontina, a loja carioca será uma espécie de laboratório onde os produtos serão oferecidos em primeira mão aos clientes. 

 

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Clovis Tramontina, presidente da empresa gaúcha

 

Tramontina falou à DINHEIRO sobre as intenções da empresa com a abertura de lojas. Confira:

 

Dinheiro: Quando e como iniciou o projeto de entrada no varejo?

 

Tramontina – Começamos a estudar a abertura da loja em outubro de 2010. A premissa foi escolher um local onde colocássemos um maior mix de produtos da marca em um único espaço. Dentro do nosso universo de ferramentas, materiais elétricos, móveis e utensílios domésticos, escolhemos os produtos domésticos para iniciar a ideia da loja, uma linha que responde por 60% do faturamento da marca.

 

Como será as loja?

 

Nossa pretensão é que seja uma loja completamente diferente. Onde as pessoas tenham aquele sentimento de relação com nossos produtos. Outro ponto importante foi criar um espaço também pensando nos clientes que podem ter ideias para suas próprias lojas, principalmente na forma de expor os produtos.

 

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Loja inaugurada na última quarta-feira, 2 de outubro, no CasaShopping

 

Por que decidiram entrar no varejo?

 

Nos perguntam se entramos para valer no varejo. Não é essa nossa pretensão. Estamos presentes em mais de 60 mil pontos de venda no Brasil e jamais vamos concorrer com os varejistas. Queremos somar. No dia da inauguração vi uma cena bem interessante, um cliente tirando foto da loja e dizendo que ia usar a ideia na sua loja. 

  

Por que escolheram o Rio de Janeiro?

 

Nossa estratégia no Rio é para aproveitar a capacidade da cidade de ser uma porta de entrada, aproveitando inclusive os grandes eventos para uma exposição da marca já que vamos abrir em janeiro escritórios na África do Sul e Cingapura. 

 

Já existe um plano de expansão das lojas?

 

Estamos indo com calma. Queremos experimentar essa experiência em 2014 para que, em 2015, possamos levar o projeto para Salvador, Campinas e Brasília. Além disso, estamos abertos, por que não, ao surgimento de propostas vindas de nossos parceiros e clientes. Na loja, tinha um cliente nosso da Bolívia que queria levar o conceito para o seu país. 

 

Como está a estratégia de expansão Internacional da marca?

 

Estamos olhando para outros mercados por que somos líder no Brasil e muitas vezes você não tem muito espaço para crescer. Principalmente o mercado sul-africano. Além disso, a gente também tem planos para a América do Sul. Na Europa já estamos menos presentes pelo momento de crise e também pelo fato de ter grandes fabricantes locais. Outro mercado em que temos espaço para crescer é o Oriente Médio onde já estamos presentes há sete anos. 

 

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