Três membros do governo japonês de Shinzo Abe visitaram nesta quinta-feira o santuário de Yasukuni, considerado pela China e a Coreia do Sul como um símbolo do passado bélico do Japão.

A presidente da Comissão Nacional de Segurança Pública, Eriko Yamatani, visitou este local de culto em Tóquio nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira.

Pouco depois de Yamatani, chegaram ao santuário suas colegas Haruko Arimura, ministra das Políticas para as Mulheres, e Sanae Takaichi, encarregada dos Assuntos Internos.

“Ofereci meu profundo agradecimento às pessoas que lutaram e sacrificaram suas preciosas vidas pelo bem do país”, declarou Yamatani, segundo a agência Jiji.

“Comprometi-me a construir um país pacífico”, disse Yamatani, que, assim como Arimura, é conhecida por seus pontos vista ultranacionalistas.

A China reagiu e lamentou “uma atitude errônea em relação à História” e reiterou sua “forte oposição” a essas visitas.

“Instamos o Japão a honrar sua promessa de refletir sobre seu passado de agressões e tratar convenientemente e de maneira responsável essas questões”, afirmou o porta-voz das Relações Exteriores, Hong Lei.

Por sua vez, o porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, destacou o “caráter pessoal” destas iniciativas e assegurou que não teriam impacto nas relações com Pequim.

Mais de 100 parlamentares japoneses visitaram na quarta-feira, por ocasião de um festival da primavera, o santuário Yasukuni, que homenageia 2,5 milhões de mortos nas últimas guerras, incluindo 14 criminosos de guerra condenados pelos aliados após a rendição do Japão em 1945.

China e Coreia do Sul, vítimas do expansionismo japonês da época, não aceitam as visitas de políticos nipônicos ao santuário, pois consideram que a atitude glorifica o imperialismo do país.

A visita de Yamatani e Arimura ocorre no dia seguinte a um encontro entre o presidente japonês Shinzo Abe e o presidente chinês Xi Jinping.