Um saudita e um iraquiano, condenados à morte por assassinato, e um outro saudita por tráfico de drogas, foram decapitados por sabre nesta sexta-feira em Riad, anunciou o ministério do Interior.

O saudita Fahd al-Said e o iraquiano Abderrahman al-Muaïssab foram condenados por causar a morte de um saudita, Hossa Ben Abid, durante uma tentativa de assalto em que agrediram e amarraram a vítima, informou o ministério em um comunicado publicado pela agência oficial Spa.

Em outro caso, o saudita Saad al-Oteibi, um traficante de drogas “reincidente” foi condenado à morte por introduzir no reino “uma grande quantidade de anfetaminas”, uma droga sintética, e “haxixe”, segundo um segundo comunicado do ministério.

Estas decapitações elevam a 53 o número de execuções na Arábia Saudita desde o início do ano, de acordo com uma contagem da AFP.

A ONG de defesa do direitos humanos Human Rights Watch (HRW) denunciou o crescente número de execuções no reino, observando que 19 pessoas, incluindo oito condenados por crimes não-violentos (tráfego drogas e feitiçaria), foram executados entre 4 e 20 de agosto.

O HRW descreveu como “particularmente chocante” o uso da decapitação por sabre nestes casos.

Em 2013, 78 pessoas de diferentes nacionalidades foram executadas, de acordo com um relatório elaborado pela AFP.

Estupro, assassinato, apostasia, assalto à mão armada e tráfico de drogas são puníveis com a pena de morte neste reino ultraconservador que aplica estritamente a sharia, a lei islâmica.