Por Agustin Geist

BUENOS AIRES (Reuters) – O julgamento de um bispo católico acusado de abusar sexualmente de jovens no norte da Argentina começa nesta segunda-feira, no mais recente processo judicial sobre alegações de crimes sexuais que abalaram a Igreja nas últimas décadas.

O papa Francisco, ex-arcebispo de Buenos Aires e primeiro pontífice latino-americano, pediu desculpas repetidamente por crimes passados ​​cometidos por clérigos e prometeu acabar com os encobrimentos, garantindo que o abuso sexual sacerdotal seja “apagado da face da Terra”.

+ Talibã pretende equipar Afeganistão com ‘grande Exército’

O caso argentino gira em torno de acusações de que Gustavo Zanchetta, que atuou como bispo de Oran, na província de Salta, em grande parte católica, atacou jovens que estudavam para o sacerdócio em um seminário que ele fundou em 2016.

No final de 2017, Zanchetta deixou Oran para trabalhar na Administração do Patrimônio da Sé Apostólica do Vaticano, um escritório financeiro e contábil que também administra propriedades da Igreja na Itália.

No ano seguinte, três padres o acusaram de abuso sexual, abuso de poder e má gestão financeira, que, segundo eles, ocorreram no seminário de Oran.

Um advogado de Zanchetta não respondeu a um pedido de comentário, mas em 2019 um porta-voz dele no Vaticano disse que o bispo cooperaria com os procedimentos legais para tentar restaurar sua reputação.

O julgamento de Zanchetta deve durar pelo menos uma semana e incluir cerca de 15 testemunhas.

tagreuters.com2022binary_LYNXMPEI1K0M0-BASEIMAGE