Por Sonali Paul

MELBOURNE (Reuters) – Um tribunal australiano disse na quinta-feira que recusou o recurso do astro do tênis Novak Djokovic contra o cancelamento de seu visto, pois o ministro que pediu a revogação agiu de maneira razoável ao acreditar que Djokovic, que não se vacinou contra a Covid-19, poderia ser um risco à comunidade. 

O Tribunal Federal também rejeitou o argumento de que não havia evidências de que Djokovic havia pedido que pessoas não se vacinassem, dizendo que isso estava aberto à interpretação, e que o público poderia perceber que ele era contrário à vacinação já que não teria se vacinado. 

“Um astro icônico do tênis pode influenciar pessoas de todas as idades, jovens ou velhas, mas principalmente os mais jovens e impressionáveis, que podem vir a imitá-lo. Isso não é uma fantasia, não precisa de evidências”, disseram os juízes. 

A saga de Djokovic abasteceu um debate global sobre os direitos de pessoas que escolhem não se vacinar, enquanto governos buscam proteger a comunidade na pandemia de coronavírus. 

Djokovic foi deportado da Austrália na noite de domingo, apenas horas depois que a corte recusou seu recurso para permanecer no país e disputar o Aberto da Austrália, onde esperava conquistar o 21º título de Grand Slam da sua carreira. 

A deportação aconteceu após uma novela de 11 dias que envolveu dois cancelamentos de vistos, dois recursos na Justiça e cinco noites em dois hotéis para detidos pela Imigração, onde ficam hospedadas pessoas que buscam asilo. 

(Reportagem de Sonali Paul)

((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447759))

REUTERS ES

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