O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decretou a falência do Banco Morada, conforme apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. A sentença foi expedida pelo juiz Luiz Roberto Ayoub, da 1ª Vara Empresarial da capital fluminense. Ele também foi o responsável pelo processo de recuperação judicial da Varig. Junto com o Banco Morada, também foram decretadas as falências de três empresas controladas: Morada Viagem Turismo Ltda., Morada Administradora de Cartões de Crédito e Morada Informática.

O Broadcast apurou que foi nomeado como administrador judicial desse caso Rubem Pereira da Silva Junior. O liquidante designado pelo Banco Central entregará o acervo do inquérito e do processo de liquidação extrajudicial ao administrador. O próximo passo da autarquia é declarar cessado o regime de liquidação e dispensar o liquidante.

O Morada entrou em liquidação extrajudicial em 25 de outubro de 2011. Em fevereiro de 2013, o BC decidiu arquivar dois inquéritos realizados no grupo por causa da liquidação, determinada por conta da avaliação de insolvência do banco e da prática de violação das normas legais. A decisão pela intervenção no grupo Morada se deu depois que as tentativas de negociação com o banco mineiro BMG não avançaram.

O Banco Morada foi considerado a primeira vítima brasileira entre os bancos de pequeno e médio portes da dificuldade em obter capital, que ocorreu logo após detecção da fraude contábil no Banco PanAmericano, então do empresário Sílvio Santos. A falência do banco já havia sido solicitada há alguns meses pelo ente fiscalizador, mas apenas a Justiça pode decretá-la.