Um tribunal de apelações do Texas suspendeu nesta segunda-feira (25) a execução prevista para quarta-feira de Melissa Lucio, uma americana de origem mexicana condenada à morte pelo assassinato de sua filha após um julgamento polêmico, anunciaram seus advogados.

Outro tribunal do Texas examinará “novas provas de sua inocência”, afirmaram no comunicado.

“Agradeço ao tribunal por me dar a oportunidade de viver e provar minha inocência” e “por ter mais dias para ser uma mãe para meus filhos e avó para meus netos”, declarou Melissa Lucio.

“A suspensão concedida pelo tribunal nos permite seguir lutando com Melissa para que sua condenação injusta seja anulada”, afirmou sua advogada Vanessa Potkin.

Nas últimas semanas, multiplicaram-se os pedidos de clemência, como o de Kim Kardashian, a favor desta mulher com 14 filhos.

Em 2007, sua filha Mariah, de 2 anos, foi encontrada morta em sua casa, coberta de hematomas, dias depois de cair da escada.

Melissa Lucio, que sofreu agressões físicas e sexuais, além de vício em drogas, foi declarada suspeita de tê-la agredido.

Foi condenada à morte. Segundo sua defesa, os especialistas não levaram em consideração uma incapacidade física da menina, o que poderia explicar a queda, nem o fato de que os hematomas pudessem ter sido causados por um transtorno de circulação sanguínea. Nenhum dos filhos de Melissa a acusou de ser violenta.

É incomum que mulheres sejam executadas nos Estados Unidos: apenas 17 desde 1976, quando a Suprema Corte restabeleceu a pena de morte, de acordo com o Death Penalty Information Center.

O Texas é o estado que mais executou prisioneiros, com um total de 6.