09/12/2025 - 12:52
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira, 9, que “é pelo tributo que a gente faz esse país ser justo”. A fala ocorreu durante a cerimônia de regulamentação de resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que elimina a obrigatoriedade de passar por autoescola para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
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“Eu acho que nós temos que começar a perceber que não existe outra forma da gente fazer política de justiça social fora da questão tributária”, disse Lula, após destacar que o projeto do Imposto de Renda acompanha uma ampliação das cobranças sobre dividendos.
Em evento com discursos celebrativos, o presidente aproveitou para rememorar conquistas de seu governo. A fala que associa tributo e justiça social referia-se ao projeto que isentou de Imposto de Renda os salários inferiores a R$ 5 mil.
“Quero agradecer ao Congresso Nacional de ter votado por unanimidade nas duas casas o [projeto sobre o] imposto. Eu na verdade acho pouco R$ 5 mil é pouco. Todo mundo sabe que é pouco, mas a gente tem que medir a correlação de força, saber o momento político”, seguiu Lula.
Lula em tom de campanha
No discurso, o presidente mencionou ainda a criação do programa Gás do Povo, a saída do Brasil do Mapa da Fome e a Nova Tarifa Social de Energia (TSE). Em forte tom de campanha eleitoral, Lula disse que no próximo ano as medidas serão avaliadas pelo povo.
“É por isso que esse ano vai ser o ano da verdade, além de um ano eleitoral”, disse Lula. “Eu sei que todo mundo já está em campanha por esse país, sabe? As pessoas não pensam no outra coisa. O Natal já foi esquecido, agora é só eleição.”
O projeto da CNH foi celebrado por membros da equipe governamental como uma forma de facilitar entre as famílias mais pobres o acesso à documentação. Segundo dados do Ministério dos Transporte, cerca de 54% dos proprietários de motocicleta hoje não dirigem ou dirigem sem habilitação.
Lula afirmou ainda que o governo está trabalhando em um modelo para facilitar o financiamento de motocicletas elétricas por entregadores. “Esse é o nosso compromisso”, disse o presidente, acrescentando que não sabe se a proposta ficará pronta ainda este ano, mas está “trabalhando para isso”.
