Papéis avulsos

 

O banco BTG Pactual e a BTG Pactual Participations, que reúne investimentos dos proprietários do grupo, tiveram lucro líquido de R$ 612 milhões no primeiro trimestre, queda de 22,1% diante do resultado do ano passado. Segundo os analistas Nataniel Cezimbra e Carlos Daltozo, do Banco do Brasil, o aumento da alíquota efetiva do Imposto de Renda, que passou de 26,5% para 40,7%, prejudicada por prejuízos não dedutíveis, foi o principal responsável pelo resultado. 

 

16.jpg

 

Outro destaque negativo foi a queda de 71%, para R$ 167 milhões, nas receitas de “principal investments”, que agrupam os investimentos da instituição, com recursos próprios, em mercado imobiliário, títulos e participação em empresas. Para Mario Pierry, analista do Deutsche Bank, foi a primeira decepção do banco de André Esteves, desde sua abertura de capital. Ele acredita que o resultado pode causar alguma pressão nos preços das ações no curto prazo. Para os analistas do BB, apesar do escorregão, ainda há espaço para uma valorização de 21,9% nos papéis do banco. “Continua­mos otimistas em relação ao BTG Pactual”, dizem.

 

17.jpg

 

  


Meios de pagamento


Maquininha de lucro

 

Além de apresentar um lucro líquido de R$ 641 milhões no primeiro trimestre do ano, a processadora de meios de pagamento Cielo obteve um crescimento de 12,2% no volume financeiro de transações. “O próprio tamanho da Cielo faz com que o crescimento seja um desafio estatístico, já que para crescer precisamos aumentar quase o nosso tamanho”, afirmou o CEO Rômulo Dias. Para isso, uma das formas é buscar mercados fora do eixo Rio-São Paulo. 

 

18.jpg

 

19.jpg

20.jpg

21.jpg

 


Bolsa


Cetip lucra R$ 116 milhões 

 

O maior mercado de balcão organizado da América Latina, a Cetip, obteve lucro líquido ajustado de R$ 116,2 milhões, uma alta de 11% ante o mesmo período de 2012. A receita líquida totalizou R$ 207 milhões, um aumento de 7,6%, e o volume médio dos ativos de renda fixa sob custódia atingiu R$ 1,96 trilhão, 20% acima do registrado em 2012. Além disso, o volume total de registros de instrumentos de renda fixa atingiu R$ 1,7 trilhão, 0,6% maior do que em 2012.

 

 

 

 

Touro x Urso

 

A semana que se inicia será um período de muitas contas. Os especialistas vão calcular o impacto do Índice Bovespa rebalan­ceado e tentar prever a osci­lação da nova composição da carteira teórica. Nesse ínterim, o mercado aguarda novos indicadores da economia americana, únicos capazes de definir a trajetória do pregão. 

 

22.jpg

 

23.jpg

 

Petroquímica


Melhores preços impulsionam Braskem 

 

A Braskem, presidida por Carlos Fadigas, comemorou seu lucro de R$ 227 milhões no primeiro trimestre de 2013, resultado 50% maior que o de 2012. A geração de caixa medida pelo Ebitda totalizou R$ 937 milhões, alta de 19% na mesma base de comparação. Segundo a empresa, a melhora do resultado se deve à demanda e aos preços de resinas e outros produtos básicos. 

 

24.jpg

 

 

 

Destaque no pregão

 

Apagão de resultados nas elétricas

 

A revisão tarifária implementada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) provocou um apagão nos resultados das concessionárias de energia no primeiro trimestre. O caso mais visível foi o da AES Eletropaulo, que amargou um prejuízo de R$ 800 mil no período, revertendo o lucro de R$ 97 milhões obtido em 2012. A geração de caixa medida pelo Ebitda caiu 57% e a receita líquida diminuiu 7,4%, para R$ 2,29 bilhões. Sem apresentar prejuízos em seu balanço, a AES Tietê viu o seu lucro encolher 24,6%, para R$ 185,7 milhões. O que afetou o resultado foram as despesas com compra de energia de terceiros, que cresceram 788% no ano. Essa despesa também derrubou em 36,6% os lucros da Energias do Brasil, que caíram para R$ 90,3 milhões.

 

25.jpg

 

Palavra de analista:

Apesar da queda de 54% das ações da Eletropaulo neste ano, Oswaldo Telles, do Banco Espírito Santo, recomenda manter as ações. Segundo ele, o preço-alvo da ação é de R$ 13,60, uma valorização potencial de 76,2%.

 

 

26.jpg

 

 


Mercado em números


Mills

R$ 172 milhões – foi a receita de locação da prestadora de serviços de engenharia no primeiro trimestre. A cifra é recorde para a companhia. O lucro líquido da empresa foi de R$ R$ 39,3 milhões.

 

Copasa

R$ 117,2 milhões – foi o ganho da empresa de saneamento de Minas Gerais entre janeiro e março de 2013. O resul­tado é 5,5% menor do que o registrado no mesmo período de 2012. A receita líquida cresceu 10,9%.

 

SLC Agrícola

R$ 46,4 milhões - foi o lucro líquido da produtora de commodities agrícolas no primeiro trimestre, uma alta de 40% em relação ao ano anterior. As reduções das despesas financeiras e administrativas colaboraram para o resultado.

 

Randon

R$ 39,7 milhões – foi o lucro da montadora gaúcha nos três primeiros meses do ano. O valor é mais do que o dobro dos R$ 18,8 milhões registrados um ano antes.

 

Tesouro Nacional

US$ 500 milhões – é quanto a República quer captar com a emissão de bônus no Exterior com vencimento em janeiro de 2023. Até agora, o governo já emitiu US$ 1,4 bilhão

 

 

 

 

Pelo mundo


Lucro menor na Toshiba

 

A japonesa Toshiba Corporation registrou queda de 62% em seu lucro líquido no quarto trimestre do ano fiscal de 2013. A cifra ficou em aproximadamente US$ 232 milhões. Os papéis da empresa caíram 3,04%, cotados a US$ 30,93*.

 

 

 

 

Dona da Fox triplica ganhos

 

A News Corp., grupo de mídia dono dos canais Fox e do The Wall Street Journal, triplicou o lucro líquido no terceiro trimestre fiscal. Os ganhos passaram de US$ 937 milhões, em 2012, para US$ 2,85 bilhões. A receita líquida somou US$ 9,54 bilhões. As ações caíram 0,96%, para US$ 31,98*.

 

 

 

 

Groupon reduz prejuízo

 

O Groupon, empresa americana de compras coletivas online presidida por Eric Lefkofsky, diminuiu em 66% o prejuízo líquido no primeiro trimestre, para US$ 3,99 milhões, em relação ao mesmo período de 2012. Os papéis da companhia fecharam em alta de 3,71%, cotados a US$ 5,59*.

 

27.jpg

 

 

 

Personagem


A colheita da BrasilAgro

 

Após sete anos da sua fundação, a BrasilAgro está pronta para comemorar os primeiros números positivos na última linha de seu balanço. A empresa agrícola, que até agora investiu na aquisição e no desenvolvimento de terras, começa sua fase de desinvestimento. A empresa já vendeu cerca de 10% das terras que possui, lucrando 87,5%. O presidente da companhia, Julio Toledo Piza, falou com a DINHEIRO:

 

28.jpg

Julio Toledo Piza, presidente da Brasilagro: ”Estamos colhendo

os frutos do projeto”

 

A empresa começou a operar em 2006, após abrir seu capital, e só agora começa a dar lucro. Por quê?

É um processo natural. Lançamos ações na bolsa como um plano de negócios e captamos para começar a operar. Após sete anos, estamos colhendo os frutos dos nossos investimentos. Em 2011, começamos a gerar caixa e, agora, já estamos dando lucro. Tudo aconteceu conforme o previsto.

 

A BrasilAgro continua em busca de novas terras ou está apenas na fase de desinvestimento?

Pelo amadurecimento da companhia, o ano de 2013 deve ser mais de desenvolvimento e vendas do que de compras. Até agora, temos 165,7 mil hectares de terras e já vendemos 19,2 mil, pouco mais de 10% do total. No entanto, estamos sempre de olho em novas oportunidades, com o objetivo de diversificar nosso portfólio.

 

No ano passado, a BrasilAgro passou a ser negociada na Bolsa de Nova York, com a emissão de American Depositary Receipts (ADRs). Como estão os papéis lá fora?

A operação foi um sucesso, mas ainda é cedo para avaliarmos os resultados. Desde o lançamento, em novembro de 2012, até agora, os ADRs tiveram uma valorização de 9%. Nosso objetivo com a listagem lá fora é atrair investidores que não têm acesso a empresas brasileiras.

 

E, no Brasil, como está a relação com os investidores?

Na abertura de capital só foi permitida a entrada de investidores qualificados. Por isso, nossas ações estavam concentradas nas mãos de poucos acionistas. No entanto, temos o objetivo de aumentar a liquidez dos papéis, principalmente agora que começamos a apresentar números mais consistentes. Nos últimos 12 meses, o número de acionistas da companhia triplicou.

 

 

29.jpg

 

 

 

Colaboraram: Patricia Alves e Fernando Teixeira