O presidente americano, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (8) a retirada dos Estados Unidos do acordo sobre o programa nuclear iraniano, que ele classificou de “desastroso”, e o restabelecimento imediato das sanções contra Teerã.

“Eu anuncio hoje que os Estados Unidos vão se retirar do acordo nuclear iraniano. Em momentos, vou assinar o memorando presidencial que restabelece as sanções” contra a República Islâmica, declarou o presidente em um pronunciamento a partir da Casa Branca.

Após a declaração histórica, Trump foi a uma pequena mesa onde assinou o documento oficializando a ruptura de Washington com o acordo que a comunidade internacional concluiu com o Irã após anos de esforços diplomáticos.

“Vamos implementar sanções econômicas no mais alto nível. Qualquer nação que ajudar o Irã em sua busca por armas nucleares também será fortemente sancionada pelos Estados Unidos. Não seremos reféns da chantagem nuclear”, disse ele.

O presidente americano ressaltou que realizou consultas com “aliados e parceiros em todo o mundo”, entre os quais ele mencionou a França, a Alemanha e o Reino Unido.

“Estamos unidos em nosso entendimento e convicção de que o Irã nunca deve adquirir uma arma nuclear. E, a partir dessas consultas, está claro para mim que não podemos impedir uma bomba nuclear iraniana sob a estrutura podre deste acordo”, disse ele.

Na visão de Trump, o acordo nuclear assinado com o Irã “é defeituoso em sua origem. Se não fizermos nada, sabemos exatamente o que vai acontecer”.

“Na verdade, é um acordo horrível, unilateral, que nunca deveria ter sido assinado. Não traz tranquilidade. Não traz paz. E nunca o fará”, assegurou o presidente.

Este acordo foi assinado com Teerã em 2015 pelos Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, China (todos potências nucleares) e Alemanha, e estabeleceu mecanismos para impedir que o Irã desenvolva armamento nuclear.