O pré-candidatado presidencial republicano Donald Trump, que lidera as pesquisas, afirmou neste sábado que não se sente moralmente obrigado a defender Barack Obama, depois de deixar passar uma afirmação de um simpatizante de que disse que o presidente é muçulmano.

Em uma rápida troca de tuítes, o magnata respondeu a uma chuva de críticas dos democratas e de um companheiro republicano, o governador de Nova Jersey (nordeste), Chris Christie, sobre sua forma de conduzir o incidente.

“Sou moralmente obrigado a defender um presidente cada vez que alguém disser algo ruim ou polêmico sobre ele? Não acho!”, afirmou Trump.

O magnata, que em 2011 contribuiu para avivar um movimento para pedir a Obama que provasse que ele não havia nascido no Quênia, pareceu incentivar um simpatizante que, em um comício na quinta-feira passada em New Hampshire (nordeste), fez uma afirmação incorrecta sobre a religião do presidente.

“Temos um problema neste país, e são os muçulmanos. Sabemos que nosso atual presidente é um deles, vocês sabem que não é americano”, afirmou o simpatizante não identificado.

Trump riu sem graça e apenas disse: “Temos necessidade desta pergunta? Esta é aprimeira pergunta”.

Para Christie, Trump deveria ter dito “não, o presidente é cristão e nasceu neste país”.

O milionário disse ainda que é a primeira vez em sua vida que causou uma polêmica “por NÃO dizer algo”.

“Se eu tivesse desafiado o homem, a imprensa iria me acusar de interferir com seu direito de falar livremente. Uma situação sem saída!”, afirmou.

A crença de que Obama é muçulmano não é pouco comum. Segundo uma pesquisa recente da CNN/ORC, 29% dos americanos acreditam que sim, assim como 43% dos republicanos.

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