29/10/2022 - 17:34
A Corregedoria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mandou a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) explicar em cinco dias como arcou com a contratação da empresa Audiency Brasil Tecnologia. A empresa assina a auditoria contra as rádios na ação apresentada ao TSE ao longo da semana na qual o QG acusa as emissoras de privilegiar inserções do PT.
O TSE quer que a coligação do presidente especifique e comprove “os serviços e o valor contratado e a origem dos recursos utilizados para o pagamento da despesa”. Na quarta-feira, o presidente do tribunal, Alexandre de Moraes, rejeitou a ação da campanha bolsonarista, remetendo-a à Corregedoria, ao Ministério Público e ao Supremo Tribunal Federal, para o inquérito das milícias digitais.
Na decisão desta tarde, o tribunal fala que “a omissão dos interessados em fiscalizar a regularidade de sua propaganda nas redes e de adotar medidas efetivas para resguardar o exercício do seu direito desbordou em novo ataque à imagem da Justiça Eleitoral, ameaça à normalidade eleitoral e falsa deslegitimação do processo eleitoral”.
Ao ressaltar um apelo à “desinformação”, a Corregedoria menciona fala do próprio Bolsonaro no debate de ontem na TV Globo, quando o candidato afirmou que há um “conluio” contra sua reeleição.
“Às vésperas do segundo turno, e estando ainda latentes questionamentos à confiabilidade dos resultados das eleições, não se pode minimizar os impactos da PetCív 0601696-47 ação contra as rádios para a criação do fato político, falacioso, capaz de instilar a desconfiança e de abrir mais um inimaginável foco de ataques institucionais”, diz a decisão da Corregedoria, que também faz menção ao adiamento das eleições que chegou a ser defendido entre aliados de Bolsonaro tendo a ação contra as rádios como base.