24/03/2023 - 22:45
A tuberculose é uma doença infeciosa que constitui um grave problema mundial de saúde pública. No entanto, esta doença, que se transmite maioritariamente por via aérea, ou seja, pela inalação de gotículas expelidas pela pessoa doente, é potencialmente curável, se for submetida ao tratamento correto, que normalmente é feito através da administração de fármacos.
Se não existir nenhum tipo de acompanhamento, cada doente com tuberculose ativa poderá infectar, em média, entre 10 e 15 pessoas por ano, colocando em risco a população com quem contacta. Existem três formas de tuberculose: pulmonar, extrapulmonar e disseminada.
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Os casos denunciam-se por sintomas característicos, nomeadamente a tosse arrastada, que se prolonga por mais de três semanas, febre prolongada, expetoração com sangue, dores torácicas, perda de peso e cansaço. Contudo, nem todos os infectados apresentam sintomas.
Verifica-se ainda um risco superior em ser contagiado quando se integra uma população imunodeprimida, como os portadores de HIV, que têm uma maior probabilidade de ser infectados pela tuberculose ao longo da vida. Outros exemplos são os doentes oncológicos e candidatos a terapêuticas com agentes biológicos e/ou imunomoduladores, assim como as crianças e idosos.
Para tratar este problema e minimizar a sua propagação é crucial dinamizar o rastreio em conviventes de doentes com tuberculose ativa, assim como proporcionar condições para diagnosticar e tratar tanto a tuberculose ativa como também a tuberculose infecção latente. Para tal, deve ser garantido o livre acesso ao atendimento às suspeitas deste quadro clínico, estabelecendo cuidados hospitalares adequados, em caso de necessidade. Além disso, é crucial potenciar a articulação com os centros de tratamento de referência da tuberculose multirresistente e com os centros de referência para o tratamento de micobacterioses atípicas.