Lançado há menos de 10 dias pela empresa Grilo, o serviço de viagens de tuk-tuk por aplicativo foi suspenso pela Prefeitura da capital paulista.

Com origem em Porto Alegre (RS), onde ainda mantém o seu serviço, a Grilo Mobilidade iniciou as suas operações em São Paulo cobrindo a região da Avenida Paulista. A proposta é oferecer um meio de transporte mais prático ao usuário e adequado ao meio ambiente em distâncias de até 6 quilômetros da origem.

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Contudo, a Prefeitura de São Paulo, por meio do Comitê Municipal de Uso do Viário (CMUV), notificou a Grilo nesta segunda-feira para que o serviço seja suspenso. Ao Metrópoles, o órgão explicou que o cadastramento de operadoras de transporte por aplicativo é permitido apenas para automóveis, conduzidos por motoristas com CNH do tipo B.

Os veículos da Grilo transportam o condutor mais dois passageiros, mas estão tecnicamente mais próximos de uma moto do que de um automóvel. Os condutores precisam ter habilitação de categoria A ou AB.

No entendimento das autoridades municipais, essas características colocam a operação dos triciclos como um serviço similar ao de mototáxi, que é proibido na capital paulista.

A Grilo afirma que o poder público se baseou no Decreto Municipal 62.144, de 6 de janeiro de 2023, sob o argumento de que o uso de veículo triciclo elétrico de cabine fechada é semelhante ao serviço de mototáxi.

A empresa defende que foi autorizada pela Operadora de Tecnologia de Transporte Credenciada (OTTC) e “irá lutar nas vias administrativas e judiciais, se necessário”.

Os tuk-tuks da companhia são veículos elétricos com três rodas. De acordo com a Grilo, os motoristas do serviço têm “custo zero” para operar na plataforma.