15/03/2018 - 11:50
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, admitiu na manhã desta quinta-feira, 15, que a agenda econômica do Executivo não caminha há duas semanas no Congresso e atribuiu a paralisia ao cenário político. “Estamos vivendo uma certa turbulência neste mês em função de duas coisas: as trocas de partido e a necessária reforma ministerial. Isso também é motivo de uma certa paralisação do diálogo político”, disse o ministro.
Marun disse que os 15 itens da pauta prioritária do governo eram meras sugestões, que o governo sabia que nem tudo avançaria, mas que nos próximos dias o Palácio do Planalto vai conversar com os presidentes do Senado e da Câmara, senador Eunício Oliveira (MDB-CE) e deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), respectivamente, para avaliar o que de fato poderá ser votado. “Aquilo foi uma sugestão de pauta que o governo entende como interessante”, minimizou. Para Marun, no momento certo as matérias vão avançar.
Matérias como a reoneração da folha de pagamento e a Medida Provisória 808 – que trata de ajustes na reforma trabalhista – estão em compasso de espera no Congresso. O projeto que permite a privatização da Eletrobras só teve sua comissão instalada na Câmara nesta semana. Ainda não há acordo, por exemplo, em torno de um texto final para a votação do projeto da reoneração.
O ministro disse que é natural que pautas “mais agudas” não tenham sido colocadas em votação diante do cenário político. Na avaliação de Marun, cabe ao Parlamento decidir se a reforma trabalhista realmente precisa ser aprimorada ou não. “É uma decisão do Parlamento”, enfatizou.
Marun negou que a pré-candidatura de Maia vá interferir no andamento da pauta governista na Câmara e disse que as votações não serão prejudicadas pela movimentação política do deputado. “É um ano eleitoral, esse aspecto tem que ser considerado, mas não que a candidatura do presidente Rodrigo traga qualquer tipo de prejuízo”, comentou.