03/12/2022 - 8:16
Um integrante do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) extraditado da Suécia para a Turquia, onde foi condenado pela Justiça, foi detido neste sábado (3) por decisão de um tribunal turco – informou a imprensa estatal.
Mahmut Tat, que chegou a Istambul na noite de sexta-feira (2), foi detido logo após o desembarque e compareceu a uma audiência com um juiz neste sábado, de acordo com a agência oficial de notícias Anadolu.
A agência relatou que Mahmut Tat já havia sido condenado a seis anos e dez meses de prisão na Turquia por pertencer ao PKK, um partido proibido no país e considerado um movimento terrorista pelo governo turco e pela União Europeia (UE).
Tat fugiu para a Suécia em 2015, mas seu pedido de asilo foi rejeitado.
“Ele foi preso pela polícia sueca e levado para um centro de detenção em Mölndal. E foi devolvido de avião para a Turquia na sexta-feira”, acrescentou a agência.
O governo da Turquia bloqueia desde maio a entrada de Suécia e Finlândia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Ancara assinou com Estocolmo e Helsinque um memorando de acordo que condiciona a entrada na Otan à luta contra os movimentos curdos e seus simpatizantes estabelecidos em seus territórios.
A Turquia acusa os dois países de oferecerem um tratamento benevolente ao PKK e a seus aliados das Unidades de Proteção Popular (YPG), organizações que Ancara considera “terroristas”.
A posse de um novo governo de direita na Suécia reduziu as tensões. Esta semana, o chefe da diplomacia turca, Mevlut Cavusoglu, afirmou que os dois países deram “passos positivos”.
O Executivo sueco ressaltou que essa extradição não foi uma decisão do governo, mas da Justiça.
“Trata-se de uma extradição individual, que foi aplicada depois que seu pedido de asilo foi rejeitado”, declarou a ministra sueca das Migrações, Maria Malmer Stengard, à televisão SVT.
“Nem o governo nem nenhum gabinete ministerial influenciaram as autoridades competentes, ou os tribunais” que intervieram neste caso, acrescentou Stengard.
