18/07/2020 - 9:03
Os hackers que organizaram o ataque às contas no Twitter de celebridades e figuras políticas “manipularam com sucesso um pequeno número de funcionários” do Twitter, informou a rede social neste sábado (18).
O Twitter afirmou que, no total, os hackers visaram 130 contas e conseguiram sequestrar 45 graças ao “uso de ferramentas acessíveis apenas às equipes de suporte interno”.
Entre as contas hackeadas estavam a de líderes políticos, como o candidato presidencial democrata Joe Biden, o ex-presidente Barack Obama, mas também de grandes empresários, como Jeff Bezos, fundador da Amazon, Elon Musk, chefe da Tesla, ou ainda Bill Gates, fundador da Microsoft.
A partir das contas invadidas, os hackers enviaram mensagens atraentes incitando os inscritos a enviar bitcoins, uma criptomoeda, em troca do dobro do valor enviado.
De acordo com sites especializados que registram as movimentações em bitcoins, mas que não permitem que os destinatários sejam rastreados, foram enviados cerca de 100.000 dólares.
O Twitter informou neste sábado que, para oito dessas contas, os hackers também baixaram dados, que normalmente estão disponíveis apenas para o proprietário da conta.
Nenhuma dessas contas era verificada, ou seja, dotada do pequeno v distintivo que aumenta sua credibilidade e concede certos privilégios aos usuários.
O Twitter também disse que, graças às ferramentas que assumiram o controle, os hackers conseguiram atravessar a barreira da autenticação dupla, que normalmente possibilita proteger uma conta além de uma simples senha.
Essa ação espetacular, sobre a qual a Polícia Federal (FBI) abriu uma investigação, desencadeou um debate sobre a segurança das plataformas sociais alguns meses antes da eleição presidencial de novembro nos Estados Unidos, mas também sobre as possíveis consequências se os hackers chegassem a sequestrar a conta de Donald Trump, que muitas vezes conduz sua diplomacia no Twitter, onde tem 83,5 milhões de inscritos.
Na quarta-feira, a conta @realdonaltrump não foi invadida.