28/02/2022 - 19:50
O Twitter colocará advertências em tweets com links para veículos de imprensa ligados ao Estado russo, anunciou a plataforma nesta segunda-feira (28), já que a mídia vinculada ao Kremlin é acusada de espalhar desinformação sobre a invasão da Ucrânia por Moscou.
Os gigantes das redes sociais estão sob pressão para remover informações enganosas ou falsas sobre o ataque, que atraiu uma feroz condenação internacional.
Os veículos afiliados ao Kremlin, RT e Sputnik, enfrentaram acusações de usar falsas narrativas em um esforço para justificar a guerra.
Yoel Roth, chefe de integridade do Twitter, disse que a plataforma registrou mais de 45 mil tweets por dia compartilhando links de meios com conexões com o Estado russo.
Além de adicionar avisos que identificam a origem dos links, Roth indicou que a empresa também está “dando passos significativos para reduzir a circulação desse tipo de conteúdo no Twitter”.
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O anúncio ocorre um dia após a empresa-mãe do Facebook, Meta, dizer que grupos pró-Rússia estavam orquestrando campanhas de desinformação nas redes, usando perfis falsos e hackeando contas para disseminar uma imagem da Ucrânia como um frágil peão da ambiguidade do Ocidente.
A equipe de cibersegurança da gigante da tecnologia, que também é proprietária do Instagram, informou que bloqueou uma série de contas falsas ligadas à Rússia que faziam parte de um plano para minar a Ucrânia.
O Twitter e o Facebook foram atingidos por restrições de acesso na Rússia desde a invasão e atualmente estão “em grande parte inutilizáveis”, relatou o grupo de monitoramento da web NetBlocks.
As redes sociais se tornaram uma das frentes na invasão russa da Ucrânia, não só como palco de desinformação, mas também de acompanhamento em tempo real do rápido desenvolvimento deste conflito, que marca a maior crise geopolítica na Europa em décadas.