30/11/2021 - 20:26
O Twitter lançou nesta terça-feira (30) novas regras para impedir que os usuários compartilhem imagens privadas de outras pessoas sem seu consentimento, endurecendo as políticas da rede social um dia depois da troca de seu CEO.
Segundo as novas regras, os usuários que não são figuras públicas podem pedir ao Twitter que elimine fotos e vídeos com suas imagens publicados sem permissão.
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O Twitter esclareceu que a medida não se aplica a “figuras públicas ou indivíduos quando as mídias e o texto do tweet que os acompanha forem compartilhados com interesse público ou acrescentarem valor ao discurso público”.
“Sempre tentaremos avaliar o contexto do conteúdo compartilhado e, nesses casos, podemos permitir que as imagens e vídeos permaneçam no serviço”, acrescentou a empresa.
O direito dos usuários de internet de recorrer às plataformas quando terceiros publicam imagens ou informações sobre eles, especialmente com fins maliciosos, tem sido debatido por anos.
O Twitter já proibiu a publicação de informações privadas, como números de telefone e endereços de uma pessoa, mas há “preocupações crescentes” sobre o uso de conteúdo para “assediar, intimidar e revelar as identidades”, reconheceu a rede social.
Além disso, a empresa notou um “efeito desproporcional sobre mulheres, ativistas, dissidentes e integrantes de comunidades minoritárias”.
Exemplos de assédio online muito conhecidos incluem vítimas de racismo, misoginia e homofobia no Twitch, a maior plataforma de streaming de jogos eletrônicos do mundo.
Contudo, os casos de assédio abundam e as vítimas, normalmente, precisam travar longas batalhas para que sejam eliminadas das plataformas virtuais imagens abusivas, ofensivas ou produzidas ilegalmente.
A mudança acontece um dia depois que o cofundador do Twitter, Jack Dorsey, anunciou que deixaria a empresa e entregou o cargo de diretor ao executivo Parag Agrawal.
A plataforma, assim como outras redes sociais, vem lutando contra o assédio, a desinformação e os conteúdos motivados pelo ódio.