A rede social Twitter voltou a mostrar o seu logo original, que mostra um pássaro azul com um fundo branco (ou vice-versa, dependendo da versão), na sexta-feira (7). O dono da companhia, Elon Musk, havia trocado o icônico símbolo pelo que representa a criptomoeda dogecoin, que é de propriedade da Tesla, companhia também comandada por ele.

A ação levou a cotação do criptoativo a disparar 28% em apenas um dia, passando de US$ 0,0769 para uma máxima de US$ 0,1016. Após alguns dias, no entanto, o valor da dogecoin foi gradualmente perdendo o valor acrescido, mas ainda está acima do que valia antes da publicidade cruzada de Musk, valendo US$ 0,833 às 12h15 (horário de Brasília) deste sábado (8).

Apesar da queda nos últimos dias, a moeda digital teve uma leve alta de 0,71% nas últimas 24 horas.

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Trollagem ou manipulação de ativos?

Embora o bilionário use a ironia para mascarar suas ações como divertimento, muitos questionaram se ele não estaria artificialmente inflando o valor da moeda, já que isso garantiria benefícios diretos a ele por conta de sua relação de proprietário da Tesla, dona da moeda, e do Twitter, O bilionário inclusive chegou a tentar vender os veículos da montadora apenas aceitando como pagamento a dogecoin, mas depois voltou atrás.

Nos EUA, ele é alvo de um processo bilionário de investidores que perderam milhões com a dogecoin e acusam Musk de inflar o valor da moeda artificialmente e depois deixá-la cair, lucrando no processo. Por conta disso, eles pedem indenizações que chegam a US$ 258 bilhões.

Para especialistas ouvidos pela IstoÉ, a ação de Musk caracteriza manipulação de um mercado de ativos, o que prevê sanções tanto nos EUA como no Brasil.