Serviço secreto ucraniano diz que plano era convocar manifestação para ocupar o parlamento e formar governo interino.O serviço secreto da Ucrânia SBU anunciou nesta segunda-feira (1º/07) ter impedido uma tentativa de golpe de Estado no país.

Segundo o Ministério Público (MP), que informou sobre o caso, os líderes de um grupo subversivo convocaram uma manifestação em Kiev para 30 de junho, data em que a Ucrânia celebra o Dia da Constituição, sem revelar suas reais intenções com o evento.

Segundo os promotores, o grupo queria então aproveitar a manifestação para ocupar o parlamento e eleger um novo “governo interino” durante o evento público. Não está claro se o grupo teria alguma relação com a Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022.

Quatro pessoas estão sendo investigadas na região de Ivano-Frankivsk por distribuir material convocatório à derrubada da ordem constitucional na Ucrânia. Duas deles foram presas preventivamente, segundo o Ministério Público. Armas e munições foram apreendidas. Os suspeitos podem pegar até dez anos de prisão. A investigação foi conduzida pelas autoridades na região de Ivano-Frankivsk, no oeste da Ucrânia.

“De acordo com a investigação, em maio e junho de 2024, um grupo de pessoas distribuiu mensagens nas redes sociais desacreditando a atual liderança do Estado, apelando a mudanças na ordem constitucional e à tomada do poder na Ucrânia”, lê-se num comunicado do Ministério Público ucraniano.

O principal organizador do evento é, segundo o MP, o dirigente de uma organização que “tem experiência na participação em atos provocatórios” que até hoje não produziram resultados.

“Ele [o principal organizador] alugou uma sala com capacidade para duas mil pessoas e também procurou militares e guardas armados de estruturas privadas para levarem a cabo a tomada do poder”, afirma o MP, explicando a forma como foi preparada a susposta tentativa de golpe.

Segundo a mesma fonte, o organizador tinha cúmplices nas regiões de Dnipropetrovsk (centro) e Kiev e tentou, sem sucesso, atrair uma ONG da região de Ivano-Frankivsk para os preparativos.

as (DPA, Lusa)