A União Europeia (UE), aprovou, nesta quinta-feira (25), sob estritas condições, o uso de Kisunla, um medicamento de última geração do laboratório Eli Lilly para o tratamento do mal de Alzheimer.

“A Comissão Europeia autorizou a comercialização de Kisunla, um medicamento para tratar as deficiências cognitivas leves, incluindo demência leve nas primeiras fases da doença”, anunciou a Comissão em um comunicado.

Com base na molécula donanemab e fabricado pelo grupo Eli Lilly, o Kisunla, junto com o Leqembi (lecanemab), da Biogen e Esai, são as principais novidades dos últimos anos para o tratamento do Alzheimer.

Estes medicamentos geraram forte controvérsia médica sobre sua utilidade. Por um lado, mostraram um efeito sem precedentes em ensaios clínicos após décadas de pesquisas infrutíferas para desacelerar o deterioramento dos pacientes. Por outro lado, esse efeito continua sendo muito limitado e alguns especialistas consideram que não representa uma diferença significativa para o paciente.

Além disso, podem provocar efeitos colaterais graves, às vezes mortais, principalmente hemorragias e edemas cerebrais.

A UE, seguindo a recomendação de sua Agência de Medicamentos (EMA), já havia aprovado a comercialização do Leqembi no final de 2024, após inicialmente tê-la rejeitado, impondo condições rigorosas.

O mesmo aconteceu com o Kisunla, aprovado também após uma rejeição inicial pela EMA. Este medicamento só pode ser administrado a pacientes nas fases iniciais do Alzheimer, e apenas se não apresentarem uma mutação genética que os torne especialmente vulneráveis aos efeitos colaterais.