A Comissão Europeia anunciou nesta terça-feira(6) novas exigências e obstáculos a viajantes russos que solicitarem vistos de entrada no espaço europeu, na mais recente medida em reposta à invasão da Ucrânia.

Ministros da UE concordaram na semana passada em suspender o acordo de facilitação firmado entre a UE e Rússia em 2007, sem uma proibição total de viagens, mas com um pedido de formalização de novas regras à Comissão.

A expectativa é de que as novas regras, apresentadas pela comissária europeia de Assuntos Internos, Ylva Johansson, obtenham uma rápida aprovação dos Estados-membros nos próximos dias.

Com a nova regulamentação, os russos que solicitarem vistos para o Espaço Schengen (22 Estados-membros da UE, além de Noruega, Islândia, Suíça e Liechtenstein) devem pagar uma tarifa de 85 euros e não mais de 35.

Além disso, o prazo para o atendimento da solicitação passará de 10 para 15 dias e, em alguns casos, até 45 dias. Também serão restritas as permissões de múltiplas entradas e os solicitantes deverão apresentar uma lista maior de documentos.

A Comissão vai propor ainda que os países da UE recusem e identifiquem os passaportes russos emitidos nas regiões ocupadas da Ucrânia que Moscou tenta anexar.

“Os russos não deveriam ter fácil acesso à União Europeia e viajar ao bloco como turista não é um direito humano”, disse Johansson, prometendo uma maior fiscalização da segurança.

Alguns países da UE com fronteira com a Rússia (Finlândia, Polônia, Estônia, Letônia e Lituânia) já começaram a endurecer os controles alfandegários e pediram uma proibição total de vistos.

Já França e Alemanha argumentaram que os contatos entre civis russos e sociedades democráticas continuam sendo importantes, por isso seu ministros decidiram apenas suspender o mecanismo de facilitação de vistos.