A advogada das empresas Ultragaz e Supergasbras, Barbara Rosenberg, afirmou nesta quarta-feira, 16, que as empresas apresentaram ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) uma proposta de acordo para atender as preocupações levantadas pelo órgão sobre o consórcio sob crivo do tribunal, que avalia neste dia 16 o negócio. Segundo ela, foi proposta uma redução do prazo do consórcio, além de serem excluídos três Estados da operação, “onde haveria manifestação de preocupação maior” pelo Cade, disse a advogada.

De acordo com ela, ainda que não houvesse preocupação pela Ultragaz e Supergasbras em torno de limitação de acesso a terceiros, as companhias também apresentaram ao conselho compromissos para atender pontos levantados pelo tribunal em relação a esse fator, além de reforços nas regras de governança para vedar a troca de informações sensíveis entre as concorrentes que farão o consórcio.

Barbara Rosenberg também rebateu as alegações de que o consórcio entre as empresas teria uma estrutura análoga à fusão. “Cada parte continua a decidir isolamento sobre aspectos comerciais”, afirmou aos conselheiros.

A Ultragaz, a Bahiana, a SGB e a Minasgás querem fechar consórcios para o compartilhamento operacional de parte de suas estruturas de produção de GLP envasado e a granel.

Segundo a Ultragaz e a SGB, essa união “elimina a necessidade de construir novas bases” e “permite a racionalização de custos fixos e variáveis”. Além disso, as duas empresas continuariam operando de forma independente.