Em vigor no país desde 16 de novembro de 2020, o PIX logo se transformou em um importante método de pagamento. Com a transferência instantânea de valores sem cobrança de taxas, muitos brasileiros começaram a usar o método para pagar amigos e efetuar compras online e offline. 

De acordo com informações do Mercado Pago, o pagamento via PIX cresceu mais de 200% na plataforma entre maio e outubro deste ano, além de já representar 14% do total das transações. 

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Acontece que com a popularização vem também as fraudes. Inúmeros golpes usando o PIX já foram descobertos: desde sequestros de contas no WhatsApp até assaltos que obrigam a pessoa a desbloquear o aparelho celular para transferir grandes quantias de dinheiro.  

Agora na Black Friday e nas festas de fim de ano, os cuidados terão que ser redobrados tanto no ambiente virtual como no físico.

Método é muito rápido, mas fique atento

A diretora de Inteligência Antifraude do Mercado Livre Brasil, Fabiana Saenz, aponta que uma das principais dicas para você não cair em golpes, pagando por mercadorias que nunca vão chegar, é estar em um ambiente seguro. 

“O principal é ficar atento a golpes compartilhados por cibercriminosos utilizando falsas promoções, uma vez que eles se apropriam de assuntos que estão em voga para enganar os usuários e promover envio de dinheiro para conta de fraudadores. Vale sempre desconfiar de mensagens enviadas por e-mail e WhatsApp.  E, independente da plataforma, o mais importante é que informações pessoais nunca devem ser compartilhadas”, disse.  

Dificuldade de reaver o dinheiro

Por ser uma transferência instantânea de valores que estão na sua conta, após o seu envio é bastante difícil reaver esse dinheiro. 

O especialista em varejo e diretor da área de produtos e marketing da Betalabs Luan Gabellini reforça que a atenção precisa ser redobrada antes de efetuar uma transferência pelo pix, pois muitas vezes a devolução desse dinheiro é complicada. 

“É possível que o consumidor consiga reaver o dinheiro, mas os golpistas utilizam conta de laranjas para ficar mais difícil o rastreio desta compra. Se você fizer a transferência para o lugar errado, a loja não tem a obrigação legal de fazer o ressarcimento”, disse. 

Um ano depois da sua implementação, o Banco Central informou nesta terça-feira (16) que lançou o Mecanismo Especial de Devolução, que promete tornar menos burocrático e mais rápido o estorno dessas transações. 

Os direitos são os mesmos em qualquer método de pagamento

Estando em um ambiente seguro e garantindo que fez a transferência para a conta do vendedor, o seu direito é igual ao de quem comprou via boleto ou cartão de crédito. 

Caso o vendedor não respeite o prazo de entrega, ou o produto seja diferente do adquirido, ou esteja danificado, o consumidor pode entrar em contato com a plataforma de compras ou com a loja e pedir o seu dinheiro de volta. Há também os sete dias de direito de arrependimento nas compras online.