Ameaçada há oito anos por radicais islâmicos, a revista francesa Charlie Hebdo sofreu um atentado na quarta-feira 7, em Paris, que matou 12 pessoas. Entre as vítimas da invasão da redação por homens armados estavam dois policiais, o diretor da publicação e chargista, Stéphane Charbonnier, e os cartunistas Georges Wolinski, Jean Cabut e Bernard Verlhac . A publicação atraiu a ira dos radicais quando republicou, em 2006, charges divulgadas pela revista dinamarquesa Jyllands-Posten. Desde então, a redação da Charlie Hebdo, fundada em 1970 para congregar desenhistas satíricos da França, vivia em alerta. Depois de divulgar em 2011 uma piada com a lei islâmica, a sharia, a Charlie Hebdo sofreu um incêndio causado por um ataque de coquetéis molotov.

(Nota publicada na Edição 898 da Revista Dinheiro)