27/10/2010 - 21:00
O “Brasil Novo” começará a circular no Rio de Janeiro nas próximas semanas e deverá estrear em outras capitais já no início de 2011. Os donos do projeto, os portugueses do grupo Ejesa, querem, em princípio, concorrer diretamente com o “O Globo”, que domina 70% dos investimentos publicitários em jornais no mercado carioca. Além de lançar o “Brasil Novo”, os portugueses querem rebatizar o esportivo “Marca Campeão”, lançado há menos de três meses, mudando o nome para “Marca Brasil” ou “Marca.br”.
Campanha
Os presidenciáveis
A corrida eleitoral pela sucessão do presidente Lula inspirou a nova campanha da Bombril. A peça publicitária, criada pela WMcCann, traz o ator Carlos Moreno caracterizado de José Serra e Dilma Rousseff. Utilizando o jargão político, a campanha traz o slogan “Bombril, preferido por 1001% dos brasileiros”. O novo filme ficará no ar até o dia 28, três dias antes do dia da votação.
Estratégia
O novo rumo da Ford
A Ford, que já colocou um ex-presidente (Antônio Maciel Neto) como garoto-propaganda e lançou slogans memoráveis como Viva o novo, mudará suas estratégias de marketing no País. A montadora, a partir do Salão do Automóvel, definirá suas campanhas em quatro novos conceitos: qualidade, segurança, sustentabilidade e criatividade.
Investimento
Propaganda sobre trilhos
A expansão das linhas do Metrô em São Paulo tem levado propaganda a regiões antes pouco exploradas pelo mercado publicitário. Nesta semana, o Central Plaza Shopping, na zona leste, investiu R$ 550 mil em uma ação inédita para estampar os trens da linha 2, que passa pela recém-inaugurada estação Tamanduateí, ao lado do shopping. O Metrô não divulga seu faturamento com anúncios, mas as peças nas novas estações Tamanduateí e Vila Prudente já renderam R$ 2,5 milhões, segundo agências.
Patrocínio
O primeiro bilhão
Quase três meses antes do início de 2011, a Globo já atingiu seu primeiro bilhão do ano com patrocínios – um recorde histórico. Para atingir essa marca, a emissora conseguiu antecipar contratos para Carnaval, Brasileirão e Fórmula 1. No caso do Carnaval, todos os anunciantes anteriores renovaram contrato. O Bradesco, a Nova Schin, a TIM e a Pantene pagaram, pelo preço de tabela, R$ 21,3 milhões cada, o que gerou receita de R$ 85,2 milhões.
Bate-papo
Orlando Marques, CEO da agência Publicis
Como está o mercado?
Tem crescido bastante. As empresas estão investindo muito. Se elas não investirem agora que o mercado está crescendo, vão perder participação. Tem gente falando em aumento de 50%. Em média, nosso mercado deverá crescer próximo a 20% neste ano.
Como a Publicis se preparou para essa expansão?
Nós modernizamos muito a agência e colocamos em prática um processo de integração das agências do grupo. Mas não fizemos isso para crescer ainda mais. Estamos mais preocupados em atender bem nossa carteira atual. Crescemos 47% em 2009 e continuamos em crescimento.
E os próximos passos?
Paramos de ir às compras, e estamos muito felizes com o que tem acontecido no País. Prova disso, recentemente participamos da concorrência da Procter & Gamble com outras grandes agências, como Leo Burnett e F/ Nazca. Vencemos a disputa graças à nossa expertise na P&G. Nosso histórico contou.