Madonna, Gisele Bündchen, Meg Ryan e Jennifer Aniston estão com ela sempre a tiracolo. As bolsas Serpui Marie conquistaram as beldades internacionais, invadiram o circuito de luxo e hoje estão presentes em lojas como Saks e Bloomindales, de Nova York; Harrod?s em Londres e Primtemps, em Paris. A novata disputa espaço com modelos da Louis Vuitton, Channel e Fendi. Seria apenas mais uma marca de bolsas do mercado de luxo não fosse por um detalhe. Esta é brasileiríssima, foi criada pela empresária Serpui Marie Ekizlerian e ainda hoje vive de uma administração familiar. As cores e a diversidade de material são seu maior trunfo. Sem contar a produção artesanal. O preço? Para o público dessas lojas, isso pouco importa. Afinal, gastar US$ 400 numa bolsa da Serpui Marie ou US$ 2,5 mil em uma Fendi tanto faz.

 

Descendente de armênios, Serpui justifica o sucesso dizendo que o dom para o comércio estava no sangue. Mas só foi descoberto quando estava para começar o doutorado em bioquímica. ?De repente, vi que era hora de me dedicar a algo que eu realmente gostasse?, lembra. Determinada, trocou a tabela periódica pelas pedras brasileiras e começou a produzir bijuterias. Da prata e do quartzo para as agulhas, o couro e a palha foi mais fácil e ela então passou a investir na produção de bolsas. Há oito anos, decidiu que a loja no Shopping Iguatemi e os representantes no Brasil não eram suficientes. Arrumou a mala e foi se apresentar em feiras no exterior. Pelo visto deu certo. Hoje, a produção de Serpui ? 4 mil bolsas por ano ? está em dezenas de países. ?Nem sei quantos?, brinca. ?Minha meta é dobrar a produção no próximo ano. Vou saltar de um faturamento de R$ 1 milhão e criar uma marca de milhões de dólares.? E nem precisará investir em divulgação. Suas peças já estão muito bem representadas.