A pesquisa “Check-up de bem-estar 2023”, que ouviu 8.900 colaboradores de 217 empresas no Brasil entre os meses de janeiro e junho de 2023, apontou que um quarto dos profissionais apresentam indicadores negativos sobre seus cuidados com bem-estar no dia a dia, que acabam impactando nas condições de trabalho. 

O levantamento foi realizado pela Vidalink e avaliou pilares como saúde mental, saúde física, prática de exercícios físicos, alimentação e qualidade do sono, a fim de contribuir para a construção de programas de benefícios mais eficientes.

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“Um dos principais quesitos pesquisados no estudo foi em relação à rotina das pessoas e aos sentimentos que elas usam para classificá-la. Podemos ver que em todos os pontos pesquisados as pessoas tendem a se avaliarem na média, mas cerca de um quarto das pessoas têm uma percepção negativa em relação aos seus hábitos”, afirmou Luis González, CEO e cofundador da Vidalink.

Saúde mental 

A pesquisa evidencia uma negligência neste pilar: 63,1% dos profissionais sente ansiedade ou angústia na maior parte dos dias, sendo que 29% não fazem nada para cuidar da sua saúde mental. 

Das pessoas que cuidam, 33% afirmam que fazem exercícios físicos, com destaque para os homens que chegam a quase 38% praticando atividades físicas como cuidado (+8p.p. em relação às mulheres). Por outro lado, duas vezes mais mulheres afirmam fazer terapia em relação aos homens (17,3% das mulheres versus 8,8% dos homens).

Saúde física

No geral, 52% das pessoas dizem ter um nível médio de saúde física. Quando são comparados os resultados entre as pessoas que se sentem muito satisfeitas ou satisfeitas com o nível de atividade física comparadas com as que se sentem insatisfeitas ou muito insatisfeitas, temos um número maior de pessoas com percepções positivas, chegando a 32% no grupo dos satisfeitos e 16% nos insatisfeitos. 

“Vale destacar que o gap entre esses grupos é diferente se compararmos por gênero: 25% das mulheres responderam que estão satisfeitas e 20% que estão insatisfeitas. Ao avaliar as respostas dos homens, temos 40% satisfeitos e somente 12% insatisfeitos”, explica Luis.

Sono

No geral, 44% classificam sua qualidade de sono como média, 31% como boa ou muito boa e 25% como baixa ou muito baixa. “Neste quesito, não tivemos diferenças significativas entre gêneros, mas é um ponto de atenção para garantir a produtividade no ambiente de trabalho”, diz o CEO.

Alimentação

Já 60% do público não segue nenhuma dieta especial. Metade dos respondentes informa que sua qualidade de alimentação pode melhorar. A satisfação parte principalmente dos homens, totalizando 33%, enquanto apenas 23% das mulheres estão satisfeitas com sua alimentação.