Assim como ocorre em diversos aeroportos, quem desembarca no Comodoro Arturo Merino Benítez, em Santiago, primeiro avista a fila de funcionários de operadoras de turismo segurando plaquetas com nomes dos passageiros que irão conduzir a seus destinos finais. Enquanto procurava pelo meu, um simpático senhor me disse bom dia e em seguida perguntou:
­— Qual agência o senhor procura?

— Não é uma agência e sim o serviço de transfer para o hotel Las Majadas — respondi.

Las Majadas, em Pirque? O senhor deve ser milionário. É um lugar incrível. Vão tratá-lo muito bem por lá. Aproveite.
Agradeci a gentileza, com algum espanto. Mesmo sabendo de antemão que ficaria hospedado em um hotel repleto de atributos, o fato de as diárias custarem a partir de R$ 1,5 mil não permitia supor algo exclusivo para milionários. No caminho do hotel, conversando com a motorista da van, entendi melhor o que aquele senhor quis dizer.

Las Majadas é bem mais que um hotel. É um patrimônio natural e histórico, cuja forma atual remonta a meados do século 19, quando Francisco Subercaseaux, então com apenas 21 anos, herdou a propriedade que pertencia ao pai, Ramón. Tempos depois, em 1905, seus filhos encomendaram a construção de um castelo, com direito a um exuberante projeto de paisagismo que aproveitou as árvores existentes e inseriu inúmeras espécies exóticas. Hoje, convivem ali sequoias e palmeiras imensas, além de arbustos nativos.

(Divulgação)

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O grande tesouro, contudo, continua sendo o castelo, restaurado de forma minuciosa depois de a propriedade ter sido adquirida pelo empresário argentino Wenceslao Casares.

Ele visitou o parque em 2006, se apaixonou e decidiu fazer dali sua residência. Porém, como seus negócios na área de tecnologia o obrigaram a se mudar para Palo Alto, nos EUA, toda a área permaneceu fechada, em busca de um destino nobre. Até que, em 2010, Casares se associou ao chileno Pablo Bosch para fazer de Las Majadas uma fábrica de networking, espaço pioneiro na América Latina voltado para a criação de pontes entre pessoas dentro do conceito que o filósofo Francis Fukuyama define como capital social.

Para atingir esse objetivo era necessário reconstruir o castelo, já que sucessivos terremotos o deixaram semidestruído.

Foram recuperados todos os materiais nobres (madeira, vitrais, mármore, pisos e gárgulas), reinstalados no novo palácio, que preservou apenas as antigas fachadas.

Instalações subterrâneas foram adicionadas em 2014.

O parque foi remodelado respeitando o desenho original e ganhou algumas variações para agregar três lagos e caminhos que geram pontos de encontro.

Por fim, a necessidade de acomodar os visitantes impôs a construção do hotel. Com a chegada de mais um sócio, Diego Valenzuela, foi definido o propósito de tornar Las Majadas também um local de conexão com as paisagens e os sabores do Chile, inspirado na natureza, no silêncio e nas peculiaridades do Valle de Maipo.

Aos pés da Cordilheira dos Andes, o vale é reconhecido como berço de alguns dos melhores vinhos tintos do Chile.
• A menos de cinco minutos de carro dali está outro patrimônio histórico e cultural do país, a Viña Concha y Toro, que chega a receber 1 mil visitantes por dia. Também a pouca distância estão as vinícolas Haras de Pirque, Santa Rita, El Principal e muitas outras abertas a visitação.
• A menos de meia hora, na vizinha Puente Alto, ficam os vinhedos dos prestigiados rótulos Chadwick, Almaviva e Don Melchor, todos merecedores de 100 pontos na avaliação da crítica especializada.

Cogumelos selvagens, pescados frescos como truta e salmão, e vegetais da própria horta dão o tom dos pratos no elegante restaurante Sequoia (Crédito:Divulgação)

Mas nem é preciso sair do hotel para provar parte do melhor que o Chile produz em brancos e tintos. Entre os programas oferecidos aos hóspedes há degustações guiadas pelo diretor-executivo e sommelier Gonzalo Rojas Aguilera, que dá uma verdadeira aula de história do vinho chileno com duração de duas horas e sem custo adicional (sempre aos sábados, às 16h30. Mediante reserva).

Integrante do Leading Hotels of the World, Las Majadas dispõe de:
50 acomodações em diferentes categorias, todas espaçosas, confortáveis e com varanda voltada para o parque,
• um excelente restaurante de especialidades locais, spa e piscina externa,
• bicicletas para passear pelos jardins, que se somam a uma gama de programações para diversos gostos, de aulas de cerâmica a sessões de meditação.

Enfim, um refúgio de luxo para descansar em meio à natureza e entre boas taças de vinho.

Parada estratégica em Santiago

A localização é providencial. O Four Points by Sheraton, parte da rede Marriott, fica ao lado do Parque de las Esculturas que ladeia o Rio Mapocho, com suas 40 obras permanentes ao ar livre; a apenas duas quadras da Avenida Suécia, que concentra alguns dos melhores bares e restaurantes da capital chilena; e a cinco minutos de caminhada até o Costanera Mall, onde também está o edifício mais alto da América do Sul, com um mirante no 62º andar perfeito para observar o por do sol e a Cordilheira dos Andes.

Como se não bastassem esses atributos, o acesso ao aeroporto é rápido, menos de meia hora se as condições de trânsito permitirem. As instalações são amplas e confortáveis, com opções de suítes com sala de estar e varanda, mesa de trabalho e closet.

No rooftop, a piscina aberta e a de hidromassagem ajudam a relaxar. Mas não espere grandes luxos. Com diárias a partir de R$ 500, menos da metade do que é cobrado por hotéis como W Santiago ou Ritz-Carlton, o forte do Four Points é sua praticidade.

(Divulgação)
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