O Mercado Pago divulgou, nesta quinta-feira, 31, uma pesquisa com mais de 10 mil clientes donos de Pequenas e Médias Empresas (PMEs) na plataforma e constatou que 35% deles planejam crescer mais de 30% em 2023. O anúncio foi feito no segundo dia da Meli Experience 2023, que aconteceu em São Paulo (SP). 

Pensando nisso, o banco anunciou novidades focadas em crédito para essas empresas com o lançamento de um cartão de crédito para Pessoa Jurídica no mês de setembro. 

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“Esse cartão vai permitir ao empreendedor concentrar uma melhor gestão das compras, já que o limite vai estar relacionado ao faturamento e volume de vendas com o Mercado Pago na maquininha, no Pix e nos links de pagamento”, afirmou Daniel Davanço, Country Head de pagamentos para empresas do Mercado Pago. 

Empreendedores estão confiantes na economia e precisam de crédito

A pesquisa foi realizada principalmente com comerciantes com faturamento entre R$ 5 mil e R$ 50 mil, para identificar as necessidades, desejos e percepção do cenário econômico. 

O levantamento mostrou que 57% dos entrevistados têm no negócio a principal fonte de sustento; 35% esperam crescer acima de 30% em 2023; 36% usam as redes sociais para vender e 1 a cada 4 precisa de crédito para alavancar o negócio. 

O levantamento revela ainda que, para atingir essa meta de crescimento, esses vendedores se interessam por sistemas de gestão financeira e de conciliação de pagamentos para melhorar a eficiência do negócio. “Com base nestas informações, estamos trabalhando uma série de iniciativas para aprimorar nossa oferta e apoiar nossos clientes”, diz Davanço.

Outro dado é que, por mais que o Pix tenha caído nas graças dos brasileiros, os principais meios de pagamento das PMEs ainda é o cartão de crédito, representando entre 70% e 90% das vendas realizadas. 

Fim do parcelamento sem juros seria nocivo ao comércio

O alto endividamento das famílias brasileiras ligou o sinal vermelho para a área econômica do Governo Federal e dos setores bancários e do varejo. Após o Banco Central diminuir a taxa Selic e o governo lançar o programa de pagamento de dívidas Descomplica, o juros rotativo e o fim do parcelamento sem juros no cartão de crédito estão na mira e devem sofrer alterações.

O VP do Mercado Pago, Túlio Oliveira, afirmou que o parcelamento sem juros não é o principal vilão do endividamento e que o seu fim seria muito ruim para o comércio brasileiro. 

“Alguma solução intermediária vai sair desse debate. Qualquer movimento no parcelado sem juros é muito ruim para o comércio, a gente tem essa cultura, mexer nisso é ruim para o comerciante. Não é o parcelamento sem juros o principal problema do endividamento, é a alta concessão de crédito que foi dada pelos principais bancos”, afirmou.