Cerca de um em cada oito adultos no Reino Unido, pensa que, dois anos depois do início da pandemia de Covid-19, a vida nunca mais voltará ao normal – embora quase um em cada 10 acredite que as coisas já voltaram ao que eram, segundo o jornal Independent.

As conclusões têm por base um estudo do Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS) do país, que mostram que mais da metade dos adultos ainda evita locais lotados e passa mais tempo em casa, enquanto mais de três quartos disseram que pretendem continuar higienizando as mãos regularmente e usando máscaras.

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Os números oferecem uma visão de como a vida cotidiana das pessoas mudou desde que o coronavírus se espalhou pelo país em março de 2020 e sugerem que, apesar da maioria das restrições já terem sido retiradas, as pessoas continuam cumprindo algumas regras.

A maioria dos adultos no Reino Unido ainda lava as mãos com frequência ou utiliza gel desinfetante para as mãos (81%), usa máscaras (76%), evita espaços lotados (57%) e passa mais tempo em casa (53%).

Os números variam em diferentes faixas etárias: apenas 33% dos jovens de 16 a 24 anos evitam locais lotados, em comparação com 71% das pessoas com 70 anos ou mais. 61% dos jovens adultos dizem que continuam usando mascaras, uma percentagem que aumenta para 85% para pessoas com mais de 70 anos.

Cerca de um em cada seis inquiridos (16%) disse que já não vai ao trabalho ou à escola se sentir sintomas de gripe, sugerindo que as pessoas se tornaram menos inclinadas a continuar com a sua rotina diária quando se sentem mal.

A pesquisa do ONS sugere que quase um em cada 10 adultos (9%) acredita que a vida já voltou a ser como era antes da Covid-19, embora o número seja ainda maior entre os jovens de 16 a 24 anos (15%), mais do que todos os outros faixas etárias, incluindo os maiores de 70 anos (6%) e os de 25 a 34 anos (5%).

Mas dois anos depois do início da pandemia, um em cada oito (12%) de todos os adultos acha que as suas vidas nunca voltarão a ser como eram. Esse número sobe para quase uma em cada sete (15%) das pessoas com 70 anos ou mais, seguido por pessoas de 50 a 60 anos (14%), 16 a 24 anos (13%), 25 a 34 anos (11%) e 35 a 39 anos (9%).