07/10/2022 - 0:45
Escolher um terreno, construir e vender. Este é o beabá de uma boa construtora. Mas parece que o mediano não faz parte dos projetos da MBigucci. A empresa, que sempre buscou pioneirismo e inovação, entrou em novos mercados para oferecer soluções que vão muito além do que se espera de uma construtora residencial. Eles partiram para prédios comerciais, depois galpões logísticos e, mais recentemente, passaram a apostar em energia fotovoltaica. Com um crescimento de 44% no Valor Geral de Vendas (VGV) neste ano, a empresa emplaca o segundo prêmio consecutivo de AS MELHORES DA DINHEIRO 2022.
Segundo o fundador e presidente da empresa, Milton Bigucci, a construtora usou os últimos dois anos para fortalecer seu banco de terrenos. “Temos matéria-prima para construirmos nos próximos 15 anos”, disse. Neste momento a construtora finaliza a construção da primeira fase do MBigucci Business Park Santo André, maior operação desse tipo da empresa, que contempla mais de 110 mil m2. “Trata-se de um investimento de R$ 250 milhões na cidade de Santo André, na Grande São Paulo, que já está gerando muito emprego e renda na economia local.”
E para conseguir lidar com as adversidades dos dois últimos anos, e seguir com o ritmo de investimento, Bigucci pondera que os bons resultados obtidos foi fruto de um avanço no mercado imobiliário verificado na primeira metade deste ano. “Comparando só os produtos novos [lançamentos] de janeiro a agosto de 2022, sobre um ano antes, tivemos um aumento significativo nas vendas, de mais de 100%”, disse ele. Depois de agosto, conta o executivo, o crescimento se manteve, “mas em menor velocidade”. O comportamento daqui para frente, na avaliação do construtor, depende do cenário econômico global e nacional, e como tais efeitos refletem na atividade brasileira.
“Temos matéria-prima para construirmos nos próximos 15 anos” Milton Bigucci, fundador e presidente.
E se a pandemia foi um desafio a ser superado, foi nela que a empresa precisou olhar para dentro e encontrar soluções mais eficientes para a própria sobrevivência. Um exemplo disso foi a transformação digital. Medidas que deram tão certo que se consolidaram mesmo depois do período da crise sanitária. “Na parte administrativa, modernizamos este ano o nosso CRM, otimizando a experiência do cliente no atendimento em todas as áreas”, disse Bigucci. Entregas on-line e foco na relação com os clientes de modo remoto também continuarão a ser adotadas.
A capacidade e agilidade para inovar nas relações com o cliente em meio à crise sanitária foi um marco da empresa em 2021, mas não foi só isso que fez a MBigucci ganhar novamente o prêmio da DINHEIRO. A empresa parece ter captado bem as tendências do mercado imobiliário. Tanto que já tem construído empreendimentos com as inovações, como vagas para carros elétricos, coworking e espaço delivery. Além disso, os novos projetos também trazem espaços para minimercados.
Em 2021, a MBigucci fortaleceu seu braço que cuida de energia renovável. A divisão, que é comandada pelo filho do fundador da empresa, Milton Bigucci Junior, já deu seu primeiro passo com a Usina de Energia Fotovoltaica Big Tec. “Nossa intenção é oferecer a energia sustentável não só para os condomínios logísticos, mas para novos empreendimentos e até mesmo para os nossos colaboradores, algo que está em estudo”, afirmou Milton Bigucci.
E, ao lado dos galpões logísticos, a empreitada na energia tem sido a menina dos olhos da empresa neste momento, mas não quer dizer que é a única aposta da companhia. “Essas são as áreas mais crescentes no momento, mas estamos investindo também em um novo conceito de moradia por locação, com retrofits no ABC Paulista. Logo mais teremos novidades sobre isso.” O segmento está sob tutela de outro filho de Milton, o diretor Marcelo Bigucci, que cuida da área de locação.
Com a operação estruturada e o caminho a ser trilhado desenhado, sobrou tempo também para a empresa reforçar suas ações sociais. Bigucci conta que os projetos são os chamados Big’s (Big Riso, Big Vida, Big Vizinhança, Big Conhecimento e Big Ideias), programas de responsabilidade social e ambiental que envolvem voluntariado, ações comunitárias, de inovação e startups. À frente desta divisão, outra filha de Milton, Roberta Bigucci. “Mantemos esses programas há mais de 15 anos, e envolvem ações de integração entre futuros moradores, eventos para adoção de pet, oficinas para jovens e outras medidas de estímulo à cidadania e ao bem-estar”, afirmou o fundador. Com essas premissas, a empresa também tem atuado na aplicação de ESG dentro do canteiro de obras. “São várias ações, desde o básico da separação, reciclagem, beneficiamento de materiais de escritório e resíduos de obras, até a logística reversa de blocos na cadeia produtiva”, disse. Com o plano de melhorar a empresa e melhorar o mundo, a MBigucci descola das concorrentes e mostra que dá para fazer mais que um bom trabalho.
