23/08/2017 - 9:04
O judô brasileiro garantiu mais duas medalhas nas competições de hoje (23) na Universíade. Com o resultado, a modalidade chegou a seis medalhas em Taipei.
Na categoria até 48 quilos, Gabriela Shibana disputou a final contra a japonesa Mai Umekita e ficou com a prata. Na categoria absoluto, que permite atletas de todos os pesos, Ruan Isquierdo conquistou o bronze em uma luta contra o croata Marko Kumric.
O embate em que a brasileira e a japonesa disputaram a medalha de ouro foi para o golden score e, em pouco mais de um minuto da prorrogação, Gabriela sofreu um ippon, que encerrou a luta.
“Eu não estou muito feliz com o resultado porque quem está na final quer ser campeã”, lamentou. Ela considerou que começou a competição nervosa, mas cresceu ao longo das lutas.
Gabriela já havia conquistado a medalha de prata na Universíade de Gwangju, disputada em 2015 na Coreia do Sul, e pretende continuar perseguindo o ouro dos jogos universitários na próxima edição do evento, em 2019.
Na categoria dela, conhecida ainda como ligeiro, duas medalhistas da Rio 2016 também buscavam o pódio: Bokyeong Jeong, da Coreia do Sul, e Otgontsetseg Galbadrakh, do Casaquistão. Ambas foram derrotadas pela japonesa que também venceu Gabriela, mas conseguiram ficar com o bronze.
Categoria absoluto
Ruan Isquierdo retornou à disputa pelo pódio na repescagem, depois da derrota para o judoca do Casaquistão, Adil Orazbayev. Na luta em que conquistou o terceiro lugar na categoria, o brasileiro derrotou o adversário croata com um ippon.
“No primeiro dia, eu tive a possibilidade de disputar a medalha, só que infelizmente não consegui. Estava com um gosto amargo, e ter a possibilidade de lutar hoje de novo, disputar a medalha e conquistá-la é muita felicidade. Não só pela medalha, mas pelo desenvolvimento que tive na competição”, comemorou Ruan, que também competiu na categoria mais de 100kg.
A comissão técnica brasileira entrou com recurso contra a arbitragem, questionando a luta em que Ruan foi derrotado. Segundo o chefe da equipe, Irã Cândido, o árbitro continuou a competição após um comando matê, que deveria ter parado a luta.
“Foi um erro que prejudicou o nosso atleta, que tinha chance de chegar ao ouro”.
*O repórter viajou a convite da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU)