07/06/2013 - 21:00
Pensando na próxima onda
A Intel está se preparando para ocupar um mercado que ainda nem existe, mas que deve ser a grande tendência nos próximos anos: a internet das coisas, um novo estágio da rede em que equipamentos conectados “conversarão entre si” e realizarão diversas tarefas. Uma das primeiras medidas tomadas pelo novo CEO Global da companhia, Brian Krzanich, foi criar uma divisão chamada de Novos Dispositivos. A missão do setor será desenvolver soluções para novas tecnologias, como sensores para óculos e relógios inteligentes, carros, eletrodomésticos, etc. A intenção é posicionar bem a empresa nesse campo e, assim, aproveitar as ondas tecnológicas do futuro. “A Intel vê a internet das coisas como uma parte importante de seu negócio”, afirmou à coluna Fernando Martins, presidente da Intel no Brasil. “Os projetos de cidades inteligentes também fazem parte de nossas estratégias.”
Japoneses inovadores
A empresa japonesa de tecnologia Hitachi, que faturou US$ 96 bilhões no ano fiscal encerrado em março, inaugurou seu primeiro centro de pesquisa na América Latina. Com sede em São Paulo, o núcleo trabalhará inicialmente com dez pesquisadores japoneses. Os focos iniciais de estudo são projetos de mineração e agricultura. “Vamos descobrir quais são as necessidades do mercado brasileiro para então adaptarmos nossos serviços”, afirmou à coluna o executivo japonês Shigeru Azuhata, vice-presidente da Hitachi.
Fôlego financeiro
A Agência Brasileira de Inovação (Finep) anunciou a criação de fundos de private equity no valor total de R$ 600 milhões. Esses fundos darão suporte aos financiamentos do Inova Empresa, programa lançado em março pela presidenta Dilma Rousseff, que financiará R$ 32,9 bilhões em projetos de inovação nos próximos dois anos. Inicialmente, de acordo com Glauco Arbix, presidente do Finep, serão destinados R$ 200 milhões para o primeiro fundo de private equity, mas outros R$ 400 milhões devem ser liberados em quatro novos projetos até o final de 2013. “Inovar não é mais uma alternativa. É uma imposição para as empresas conseguirem sobreviver.”
Pizzas voadoras
A rede americana de pizzarias Domino’s está testando o uso de drones, aeronaves não tripuladas muitas vezes vistas em ações militares, para entregar pizzas. Chamados de DomiCopter, os aviões-robôs começaram a ser utilizados pela companhia com essa finalidade na Inglaterra, onde a Domino’s também atua.
Comédia no YouTube
O YouTube promoverá uma Semana da Comédia no Brasil. Entre os dias 17 e 24 de junho, humoristas como Rafinha Bastos, Felipe Neto, PC Siqueira e os atores do canal de web Porta dos Fundos farão apresentações ao vivo pelo portal de vídeos. Eles vão alternar shows de stand-up comedy, improviso e esquetes.
Resposta instantânea
Denis Del Bianco, diretor da desenvolvedora de software de gestão Totvs, analisa os reflexos da situação da economia brasileira em 2013 nos negócios de TI
A economia brasileira em 2013, que ainda não deslanchou como se esperava, já provoca reflexos no setor de tecnologia?
A procura por serviços de tecnologia da informação tem oscilado ultimamente, mas continua com um volume muito interessante. Nos trimestres passados, parte dos executivos ficou reticente em função da instabilidade econômica. Mas, nos últimos meses, as empresas retomaram projetos e novos negócios foram fechados. Afinal, a vida das empresas tem de seguir.
Quais são os tipos de serviços de TI que as empresas mais procuram atualmente?
Os serviços mais contratados são as soluções para corte de custos ou aumento de produtividade. De maneira geral, no entanto, o executivo brasileiro tem uma cabeça muito aberta para a adoção de novas tecnologias. Claro, existem diferenças em função do tipo de cliente e de profissional, mas, no geral, os líderes das empresas costumam estar abertos a inovações.
Qual é a sua expectativa para os negócios no segundo semestre?
A eventual melhora da economia fará com que tenhamos uma visão mais positiva do cenário, especialmente no que se refere à indústria, que anda meio tímida nos últimos tempos. O bom sinal é que o setor industrial já começa a se recuperar.
Colaboraram: Diego Marcel e André Jankavski