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Eles já foram os queridinhos da indústria de fundos. Mas a crise financeira mundial derrubou seu desempenho e jogou um balde de água fria sobre os fundos de arbitragem, os long and short. Agora, esses fundos buscam um novo norte com suas bússolas particulares. Quem veio ajudar no resgate foi a Anbid, a associação do setor, que os reclassificou em duas turmas. Divididos de acordo com a estratégia – neutra ou direcional -, eles tentam agora mostrar o valor de uma gestão que pode ganhar independentemente da alta do Ibovespa.

 

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*Até 5/6. Fonte: Fonte: TAG Investimentos

 

Os long and short trabalham com a arbitragem do papel, procurando diferenciação entre as ações de uma mesma companhia ou entre empresas de um mesmo setor.As novas categorias darão a exata dimensão para o investidor dos riscos em cada estratégia. A categoria neutro pode ser considerada o long and short puro. Ficam comprados e vendidos na mesma porcentagem, recebendo o prêmio pela diferença dos resultados. A tendência é que deem retornos pouco acima do CDI.

Na divisão, essa categoria recebeu 59 fundos com patrimônio total de R$ 2,26 bilhões. Com os resultados aparecendo, é possível que o patrimônio engorde este ano. “O long and short é a válvula de escape da diversificação”, diz Rodrigo Menon, sócio da Beta Advisors. Os fundos direcionais têm como característica principal juntar à arbitragem de ações um direcionamento macroeconômico. É preciso que a equipe de gestão seja ágil na identificação dos diferentes cenários. “Esses long and short dependem muito da capacidade de decisão do gestor para gerar retorno”, diz Dany Rappaport, sócio da Investport.

“A Nest e a Duna são exemplos de gestores que identificam as oportunidades de mercado no tempo certo”, completa Rappaport. Os long and short direcionais têm 61 fundos e R$ 1,91 bilhão de patrimônio.