São Paulo, 21 – A representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Pequim manteve em 104 milhões de toneladas sua estimativa para a importação chinesa de soja no ano comercial 2024/25.

A expectativa de esmagamento foi mantida em 99 milhões de toneladas em 2024/25. A estimativa de produção também ficou inalterada, em 19,9 milhões de toneladas.

Quanto aos estoques ao fim de 2024/25, a projeção foi elevada de 38,186 milhões para 46,12 milhões de toneladas. Já o consumo doméstico foi reduzido de 126,9 milhões para 122 milhões de toneladas.

Em suas primeiras projeções para 2025/26, o USDA em Pequim estimou as importações de soja em 106 milhões de toneladas. O esmagamento foi projetado em 101 milhões de toneladas, enquanto a produção foi estimada em 19,8 milhões de toneladas.

O escritório prevê consumo doméstico de 124,4 milhões de toneladas em 2025/26, e estoques finais de 47,37 milhões de toneladas.

Apesar da alta esperada em 2025/26 em relação ao ciclo anterior, a demanda na China dá sinais de desaceleração. “Dois importantes obstáculos para a demanda por soja na China são a desaceleração da economia em geral e os esforços do governo para reduzir a demanda por farelo de soja”, disse o USDA em relatório.

Além disso, afirmou a agência, os chineses começaram a reduzir o consumo de carne suína e a substituí-la por produtos como carne de frango. Isso afeta diretamente a demanda por farelo de soja, uma vez que a suinocultura tradicionalmente consome grandes volumes desse insumo para ração.

Em suas estimativas, o USDA em Pequim considera que a tarifa chinesa de 10% sobre a soja dos EUA implementada em 10 de março continuará em vigor ao longo do ano comercial 2025/26.