Novos dados de um teste de uma vacina experimental de mRNA mostram que ela reduziu o risco de recorrência do melanoma de câncer de pele grave quando combinada com imunoterapia, de acordo com as farmacêuticas Moderna e Merck.

Em um estudo com 157 pessoas que fizeram cirurgia para tratar o melanoma, 78,6% das pessoas que receberam a vacina personalizada e a imunoterapia Keytruda ficaram livres de câncer em 18 meses, enquanto 62,2% das pessoas que receberam apenas a imunoterapia não tiveram recorrência. A recorrência do câncer ou morte ocorreu em 22,4% – 24 de 107 – que receberam o tratamento combinado e 40% – 20 de 50 – que receberam apenas a imunoterapia.

+ Capital paulista amplia público para vacinação contra a gripe

Nenhum efeito colateral grave da vacina experimental foi relatado. Os efeitos colaterais mais comuns foram fadiga, dor no local da injeção e calafrios.

Dr. Kyle Holen, vice-presidente sênior da Moderna e chefe de desenvolvimento, terapêutica e oncologia, disse em um comunicado que os resultados “fornecem mais encorajamento para o potencial de mRNA” para pessoas com melanoma, e “pode ​​ser um novo meio de potencialmente prolongando a vida dos pacientes”.

A vacina experimental contra o câncer da Moderna, mRNA-4157/V940, foi projetada para preparar o sistema imunológico para gerar uma resposta a tumores específicos. O Keytruda da Merck, que já é usado no tratamento do melanoma, estimula o sistema imunológico a atacar os tumores.

Os dados do estudo de Fase 2b não foram revisados ​​por pares ou publicados; resultados preliminares do julgamento foram divulgados em dezembro. As empresas apresentaram os dados mais recentes na reunião anual da American Association for Cancer Research.

As empresas disseram que planejam lançar um estudo de Fase 3 em 2023 e expandir para mais tipos de tumores, incluindo câncer de pulmão.

De acordo com a American Cancer Society, o melanoma representa cerca de 1% de todos os cânceres de pele, mas causa a maioria das mortes por câncer de pele. O grupo estima que, em 2023, cerca de 100.000 novos melanomas serão diagnosticados nos EUA e quase 8.000 pessoas morrerão de melanoma.