As 50 mil doses de vacina contra varíola dos macacos compradas pelo Brasil “não têm o poder de controlar esse surto” e serão apenas para profissionais da saúde, informou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta segunda-feira (22).

Segundo Queiroga, a quantidade de vacinas adquiridas será suficiente apenas para imunização dos profissionais que atuam na linha de frente no combate à doença. “Essas 50 mil doses não tem o poder de controlar esse surto. Essas vacinas estão aí para proteger os profissionais da saúde que lidam diretamente com material contaminado”.

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O ministro declarou ainda que não há necessidade de uma imunização em massa neste momento, afirmando que está seguindo recomendações adotadas por autoridades sanitárias internacionais.

Para ter efeito, é preciso tomar 2 doses da vacina contra varíola dos macacos, o que significa que 25 mil brasileiros poderão receber a imunização, de acordo com a quantidade adquirida pelo Brasil.

O Brasil é o terceiro país no mundo com mais casos de monkeypox, atrás apenas da Espanha, com 6.192 casos, e Estados Unidos, com 14.595.

Além da vacina contra varíola dos macacos

Ministério da Saúde aproveitou para lançar nesta segunda-feira a Campanha Nacional de Prevenção à varíola dos macacos. Segundo as autoridades da pasta, a fase de incubação do vírus pode ser de cinco a 21 dias, podendo haver transmissão nesse período.

De acordo com os casos registrados, o contágio ocorre principalmente pelo contato físico, pele a pele, com lesões ou fluidos corporais, incluindo por relações sexuais.

Sintomas comuns são: febre, erupções cutâneas, inchaço dos gânglios (ínguas), dor no corpo, exaustão e calafrios.

O ministro da Saúde também alertou para a diferença da varíola dos macacos em relação à Covid-19. “A letalidade dessa doença é baixa. O vírus é diferente. O vírus da covid-19 é o vírus de RNA. Portanto é o vírus que sofre mutações com maior frequência ao passo que o vírus de DNA [da varíola dos macacos] tem um potencial menor de ter mutações, o que engana até as vacinas que são desenvolvidas com tecnologias sofisticadas”, explicou.